Categorias
Uncategorized

Inglaterra proíbe fumo dentro de carro com crianças

02/03/15

Toda a mídia está falando da lei inglesa que proíbe o fumo dentro do carro caso haja crianças no veículo. Algumas opiniões a favor e pasmem, opiniões desaprovando a lei.
A cena que assistimos na televisão hoje 18/02/2015, no Rio de Janeiro foi sobre a expulsão de um senhor que se recusava apagar o cigarro fumado dentro de ônibus com ar condicionado. Uma vez que o motorista nada fez, a população dentro de ônibus apagou o cigarro do indivíduo que acendeu outro em seguida.  O mesmo foi expulso de dentro do ônibus pelos próprios passageiros.

Publiquei há 7 anos atrás trabalho sobre a cotinina (derivado da nicotina) presente na urina de 24% das crianças de zero a 5 anos que vieram ao pronto socorro do hospital universitário, antes de 2009, ano em que foi aprovada a lei Ambiente Fechado Livre do Tabaco. Sabe-se que a nicotina inalada de forma secundária (tabagismo passivo) pode desencadear inflamação de vias respiratórias, asma, rinite, infecções pulmonares, e até 5 x mais morte súbita em casa de bebes com pais fumantes.

Ainda não dosei a nicotina na urina de crianças após passeios em carro dos pais fumantes, mas não precisa ser nenhum expert no assunto para definir que a área dentro do carro é menor do que qualquer ambiente de dentro de casa.

Não venha com o papo de que fuma com a janela do carro aberta, ou que só fuma fora de casa, pois um canadense pneumologista me contou uma vez que ficou rodando na sua pequena cidade de 5 mil habitantes, procurando algum pai de seus pacientes fumando fora de casa, e não encontrou nenhum fumante nas ruas.

O mesmo conselho de não se fumar dentro do carro deveria valer para os adultos também, pois esposa não fumante de marido fumante, ou vice-versa, tem 25 % a mais de chance de câncer de pulmão e enfarte.

Já havia tentado discutir com políticos que o ato de fumar é muito semelhante ao de falar no celular. Eu vi quando garoto meu pai guiando com uma mão, segurando o cachimbo e acendendo-o com uma caixa de fósforo, confesso que temi sobre minha vida naquele momento.

Na verdade não precisaríamos ter leis sobre muitas coisas, bastas usar o bom censo. Mas o grande problema é que “BOM CENSO ESTÁ EM EXTINÇÃO NA HUMANIDADE”. Não só para o fumo em ambiente fechado, mas na roubalheira desenfreada, e tudo o que assistimos recentemente no país.

Em resumo, aprovada a lei da Inglaterra. Salve a rainha!

Categorias
Uncategorized

Cigarro eletrônico conquista consumidores e levanta preocupação entre especialistas

cigarro-eletronico

De formato semelhante a um cigarro comum, o produto eletrônico é um dispositivo plástico com uma bateria que gera calor para evaporar nicotina líquida e substâncias aromatizantes contidas em cartucho descartável, vendido separadamente. Em vez de fumaça, ele gera vapor. Por não queimar, não libera tantas substâncias tóxicas e cancerígenas quanto o cigarro convencional.

Isso, entretanto, não o faz seguro. Extraída do tabaco, a nicotina, além de ser a substância responsável por causar dependência química, está associada a diversos problemas de saúde, como doenças cardiovasculares. O nível de nicotina nos cigarros eletrônicos geralmente é entre uma e duas vezes menor do que o dos cigarros normais, variando de acordo com o tipo de cartucho comprado.

Mas a informação dos rótulos nem sempre é confiável. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto do Câncer Roswell Park (RCPI), nos Estados Unidos, analisou quatro das mais comuns marcas de cigarro eletrônico e verificou que a concentração de nicotina nos refis chegou a ser 20% maior do que a declarada pelos fabricantes. A substância também foi encontrada mesmo em cartuchos anunciados como livres dela.

O pneumologista Alberto Araújo, diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (Nett) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da comissão de tabagismo do Conselho Federal de Medicina (CFM), ressalta que, além da nicotina, os cartuchos de cigarro eletrônico apresentam outras substâncias perigosas, como o propilenoglicol, usado no arrefecimento de motores e na produção de gelo seco, e metais pesados derivados do cultivo do tabaco. “O cigarro eletrônico está longe de ser inócuo”, afirma. “A nicotina vaporizada se liga ao ácido nitroso do ambiente e forma as nitrosaminas nicotínicas, que são cancerígenas, e o propilenoglicol, que quando inalado provoca irritação nas vias aéreas, podendo gerar episódios de bronquite e asma.”  

Por conta da presença de substâncias cancerígenas e pela ausência de estudos controlados que mostrem a segurança do produto, a importação, a comercialização e a propaganda do cigarro eletrônico estão proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde 2009. A decisão da agência segue a tendência dos grandes órgãos sanitários internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, de orientar médicos e autoridades sanitárias a não recomendar o dispositivo como meio para abandonar o tabagismo.

Remédio ou veneno?
O pneumologista Alberto Araújo  diz que não há como chegar a conclusões de que o cigarro eletrônico pode ajudar a parar de fumar apenas com levantamentos sobre comportamento e sem estudos epidemiológicos. Ssalienta que existem for­mas mais eficientes de tratar a dependência de tabaco. “Temos disponíveis medicamentos com eficácia já comprovada cientificamente e que não apresentam danos”, pontua. “O dispositivo eletrônico é um disfarce, é um cigarro e não um medicamento para ajudar os fumantes.”

Outra questão destacada pelo médico, que trabalha com fumantes há 15 anos, é a dependência comportamental. Por ser muito semelhante a um cigarro comum e exigir os mesmos hábitos de uso, o artefato eletrônico tornaria mais difícil a quebra do vício. “Ele imita um cigarro e isso vai contra um princípio básico no tratamento da dependência que é desfazer a dependência comportamental”, diz. “Quando opaciente está tentando parar, não pode usar nada como o cigarro, ter nada entre os dedos que leve à boca.”

Do males, o menor
Mesmo ile­gal no país, o cigarro eletrônico vem sendo usado e até prescrito em segredo por alguns profissionais de saúde como forma de redução de danos. A lógica por trás da indi­ca­ção é que, apesar de fazer mal, ele faz menos mal que o cigarro con­vencional e isso já seria um ganho para o paciente com dificuldade de largar o vício. “É veneno por um la­do, mas ajuda algumas pessoas”, comenta a psicóloga Sabrina Presman, vice-presidente da Associa­ção Bra­sileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (Abead). “Ainda não temos dados suficientes para recomendar nem para lançar uma cruzada contra os cigarros eletrônicos.”

A sanitarista Tânia Cavalcante, secretária executiva da Comissão Nacional de Implementação da Convenção-Quadro sobre Tabaco e pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca), lembra, por outro lado, que, apesar de liberar menos substâncias, não é possível afirmar que a troca pelo cigarro eletrônico resulte em menos prejuízos. “Em tese, não existe redução de danos quando falamos de tabaco porque não existe limite seguro”, diz. “Qualquer dose de exposição a substâncias cancerígenas pode levar ao desenvolvimento do câncer, que pode só aparecer depois de anos de exposição. Somente estudos epidemiológicos futuros poderiam comprovar uma possível redução de danos.”

Outro argumento comumente utilizado é o de que o cigarro eletrônico apresentaria também menos riscos para o fumante passivo por não liberar o monóxido de carbono da fumaça. A mesma pesquisa do Instituto do Câncer Roswell Park (RCPI) que analisou a quantidade de nicotina nos cigarros eletrônicos também avaliou os resíduos da substância deixados em superfícies depois de acendido o dispositivo. O resultado encontrado em três de quatro testes foi uma grande quantidade de nicotina no ambiente.

Categorias
Uncategorized

Carnaval é propício para o consumo exagerado de álcool

A proximidade do Carnaval exalta os ânimos dos brasileiros que, em busca de diversão, estão sujeitos às práticas mais desinibidas durante os dias de folia.


É neste período que, especialmente os jovens, sentem-se mais atraídos pela ampla opção de roteiros e atividades, o que inclui também aspectos negativos, como o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Este comportamento é ainda mais propício nesta época, visto que o controle dos pais sobre os filhos pode ser menos rigoroso quanto ao consumo dessas substâncias, segundo o psiquiatra e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Dr. Carlos Salgado.

“A atitude liberal para inúmeras condutas incluem o jovem, ainda mais no Carnaval, onde existe a questão cultural e a oferta de situações é mais ampla. O jovem, mesmo que não tenha o costume de ingerir álcool, pode sofrer influência do grupo de amigos que insiste no consumo, além de favorecer a prática da relação sexual sem preservativo”, afirma o psiquiatra. Além das reações fisiológicas, a ressaca “moral” costuma acometer os adolescentes menos habituados ao álcool e pode ser um agente facilitador para um alcoólatra em potencial.

O grande fator de risco para o desenvolvimento do alcoolismo ocorre quando o indivíduo experimenta situações prazerosas envolvendo o álcool e acredita que esse parâmetro só pode alcançado quando ingere essas substâncias etílicas. A partir daí, o adolescente se torna mais vulnerável à repetição deste hábito e pode ser uma porta de entrada para o uso de drogas ilícitas como maconha e cocaína.

Um importante dado que muitos desconhecem, segundo o especialista, é o efeito que o álcool provoca nos portadores de distúrbios de psicose e bipolaridade. “Muitos bebem e desconhecem a prédisposição à esses transtornos. O excesso de bebida certamente deflagrará crises e o início da doença é antecipado pelo uso dessas substâncias”, adverte. Assim, aqueles que conhecem ou são familiares de pessoas com essas condições, precisam evitar que o paciente consuma álcool e, nesses casos, é estritamente contraindicado.

Uma vez que a experiência prazerosa que o álcool pode proporcionar a esses jovens é perigosa, muitos ignoram os alertas e continuam bebendo intensivamente durante os dias de folia. É durante esta experiência que o adolescente vira alvo da dependência e dá os primeiros indícios para esta categoria. É neste ponto que os pais precisam agir rapidamente, já que eles podem atuar como educadores e impedir que seus filhos sejam os próximos alcoólatras do País.

“O papel dos pais é o de representante dos valores sociais e reguladores da ação do jovem em meio ao ambiente social. E de nada adianta a família exigir um comportamento adequado do filho se os pais também cometem abusos durante o Carnaval. O exemplo vem de casa”, revela o Dr. Carlos Salgado.

Portanto, para usufruir das festas sem cometer excessos, o especialista recomenda que os pais não autorizem, de maneira alguma, que seus filhos consumam bebidas alcoólicas e apela para o bom senso no momento da conversa. “A dica é dirigida aos adultos, já que o álcool e o tabaco são substancias ilícitas para menores de 18 anos. Pais que de certa forma cultivam este hábito, colherão mais adiante a dependência química dos adolescentes”, finaliza.

Categorias
Uncategorized

Programa de recepção de calouros da Faculdade de Veterinária e Zootecnia e o Instituto de Matemática e Estatística da USP incluem palestra do Dr João Paulo B Lotufo e a prevenção de drogas

palestra-para-calouros-usp

A experiência do HU USP em prevenção de drogas foi levada na recepção de calouros da  Faculdade de Veterinária e Zootecnia  e do Instituto de Matemática e Estatística da USP. Estão  de parabéns por se preocuparem com seus calouros.

A presença dos pais já tradição na VET USP também aconteceu no IMEP. A animação da palestra de prevenção de drogas foi ponto alto. A plateia em ambas as faculdades com pais presentes  foi o diferencial. A presença dos pais no primeiro dia de aula é fundamental para se evitar trote violento e produz uma confiança na Instituição.

É o quinto ano que Dr João Paulo Lotufo leva para a VET USP sua experiência sobre a questão das drogas no adolescente, chamando o Tabagismo, o Álcool e a Maconha como Doenças Pediátricas, pois se iniciam precocemente. Mas é no primeiro ano da faculdade que estas questões podem transcender o razoável.

Dr João Paulo Lotufo alerta que: “ não é a maioria dos alunos que bebe excessivamente ou usa drogas, aliás é uma minoria. A escolha do grupo a que você calouro irá pertencer é importante:  estar no grupo errado pode leva-lo para fora de sua meta.

Parabéns ao  diretor de faculdade de Veterinária  prof Dr Enrico L Ortolani que chamou e conversou individualmente todos seus novos alunos, dando as boas vindas.

Parabéns ao diretor do IMEP USP, prof. Dr. Clodoaldo Grotta Ragazzo pela sua equipe e a iniciativa, além da animação de todos seus alunos e equipe.

Sobre o empenho do Dr Lotufo nestas questões, ele diz: “Podemos ficar na instituição universitária fazendo apenas o necessário, ou podemos fazer o “Algo a mais , que fará a diferença”.

Categorias
Uncategorized

Segundo estudo, meninos com pais que não consomem bebidas alcoólicas ou que bebem, mas são contrários ao consumo de álcool por adolescentes, correm risco até 70% menor de beber precocemente

15/05/15


Os pais exercem uma grande influência no consumo de álcool por adolescentes. É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional em Saúde, em Taiwan. Segundo a pesquisa, o poder do pai ou da mãe difere de acordo com o gênero do filho. As meninas escutam mais a opinião da mãe, enquanto os meninos valorizam principalmente a restrição imposta pelo pai.
Para o levantamento, 3.972 estudantes, de 14 e 15 anos, responderam a um questionário sobre seus hábitos de consumo de bebida alcoólica, a freqüência com a qual os pais bebiam e qual era a postura dos familiares sobre o tema.
Do total, 680 estudantes afirmaram que haviam consumido bebida alcoólica …

Veja online, 7/5/2015 http://veja.abril.com.br/noticia/saude/opiniao-dos-pais-influencia-consumo-de-alcool-pelos-filhos

Categorias
Uncategorized

Mulheres estão bebendo tanto quanto os homens. Quais são as consequências disso

O alcoolismo sempre foi um fenômeno predominantemente masculino. Mas essa realidade está mudando


comercial-martini

Por Ana Freitas | 01 Nov 2016


Nos anos 1960, anúncios de bebida – como esse, da Martini – eram predominantemente focados em homens

Historicamente, o alcoolismo e suas consequências para a saúde são encarados pela medicina como um fenômeno predominantemente masculino. Um estudo australiano publicado em outubro de 2016 no jornal BMJ Open mostra, no entanto, que essa tendência está começando a mudar – em todo o mundo.

Financiado pelo governo australiano, o estudo mostra que, se levarmos em conta dados mundiais, o abuso de álcool já se igualou em alguns grupos etários, especialmente entre as mulheres mais jovens. É o primeiro estudo que sistematicamente reúne toda a literatura acadêmica e médica disponível no mundo sobre o consumo de álcool entre mulheres e oferece um panorama mundial.

Pesquisas realizadas no Brasil também apontam um crescimento maior do consumo de álcool entre mulheres do que aquele registrado entre homens. Há 20 anos, havia apenas uma mulher alcoólatra para cada dez homens dependentes no Brasil.

Hoje, a cada dez dependentes, quatro são mulheres. Nos próximos 25 anos, dizem especialistas, o padrão de consumo deve se igualar para os dois grupos.

Como o consumo de álcool afeta o metabolismo

Entre homens e mulheres, o abuso de álcool oferece uma série de riscos à saúde física e mental. Em 2010, o alcoolismo esteve relacionado a 5 milhões de mortes e foi responsável por cerca de 161 milhões de anos de vida perdidos entre as vítimas da doença.

Entre os efeitos, estão o aumento do risco de câncer de vários tipos, degeneração neuronal em várias partes do cérebro, problemas hepáticos e no sistema digestório como um todo, doenças cardiovasculares e demência.

O consumo de álcool também tem impactos sociais e econômicos e está relacionado a violência doméstica e outros problemas familiares, além de diminuição de produtividade no trabalho e desemprego.

Riscos específicos ao corpo da mulher

Além de todas as complicações de saúde física e mental que acontecem em decorrência do alcoolismo para homens e mulheres, as mulheres são biologicamente mais vulneráveis ao consumo de álcool.

Isso acontece porque, em geral, elas têm menos massa corpórea, relativamente menos água no corpo e menos enzimas no fígado para metabolizar o álcool. Relativamente, elas têm menos água no corpo, e quando consomem álcool na mesma quantidade que homens, demoram mais para processá-lo.

Os efeitos da substância, portanto, acontecem de maneira mais rápida e duram mais – o que aumenta as chances de que mulheres tenham problemas de saúde e até de morte em consequência do abuso de álcool, mesmo tendo níveis de consumo mais baixos ou por menos tempo.

As mulheres têm risco de cirrose três vezes maior que os homens para o mesmo nível de ingestão de álcool; distúrbios psiquiátricos, osteoporose e doenças cardiovasculares também têm riscos elevados para quantidades iguais de consumo.

Outros riscos particulares à saúde feminina que aumentam com o álcool estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de mama e, no caso de gravidez, a problemas na saúde do feto.

Por que mulheres estão bebendo mais

O estudo australiano não oferece hipótese para o aumento no abuso de álcool entre mulheres. Mas mudanças culturais importantes sobre os papéis de gênero podem estar relacionadas a esse aumento.

Nas últimas décadas, as mulheres ocuparam postos de trabalho e espaços públicos de lazer. Elas conquistaram espaços que eram privilégio masculino e isso trouxe mais oportunidades de socialização – o que aumenta as situações de exposição ao álcool – e também mais situações de exposição a estresse, o que pode motivar o abuso de bebida alcoólica.

Há também obstáculos sociais para a mulher alcoólatra que são diferentes daqueles vividos pelos homens que abusam do álcool, motivados por um estigma social negativo relacionado a mulheres que consomem álcool e pelo contexto específico da mulher na sociedade.

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/

Categorias
Uncategorized

Tabaqueiras canadenses condenadas a pagar 11 mil milhões de euros aos consumidores

03/06/15

Decisão judicial refere que três empresas colocaram o “lucro à frente da saúde” das pessoas

Um processo judicial histórico no Canadá conheceu esta segunda-feira o seu desfecho, 17 anos depois de se ter iniciado. Em causa está a acusação contra três grandes companhias de tabaco canadianas, feita por fumadores “seriamente doentes” ou que “não conseguiam deixar de fumar”. As empresas são acusadas de vender um produto prejudicial para a saúde e de não terem “advertido adequadamente” os seus consumidores. Terão de pagar cerca de 11 mil milhões de euros às vítimas.

“As empresas obtiveram mil milhões de dólares à custa dos pulmões, das gargantas e do bem-estar geral dos seus consumidores”, refere o acórdão do juiz do Tribunal Superior do Quebeque, Brian Riordan, sobre o caso. O documento de 276 páginas questiona também a “mensagem moral” que a justiça do país estaria a passar se permitisse que as empresas não fossem responsabilizadas pela sua actuação danosa.

O processo, considerado o maior caso civil na história do Canadá, foi iniciado em 1998, mas o julgamento, que envolveu mais de 40 mil documentos e 76 testemunhas, só teve lugar em Março de 2012. As empresas acusadas de vender produtos nocivos para a saúde, desde 1950, são a Imperial Tobacco Canada, a Rothmans, Benson & Hedges Inc e a JTI-Macdonald Corp. Segundo os consumidores, estas possuíam uma estratégia de marketing “sem escrúpulos” e “insuficiente” para alertar as pessoas para os perigos do tabagismo. Terão ainda, alegadamente, destruído milhares de documentos “incómodos”.

Andre Lesperance, um dos advogados das vítimas disse à televisão canadiana CBC, que as três companhias “pactuaram entre si e mentiram aos seus consumidores durante 50 anos, prejudicando o seu direito à vida”.

A parte queixosa era composta por dois grupos de “vítimas”, num total de 100 mil pessoas. Os fumadores que ficaram seriamente doentes e seus familiares, e os que afirmam que não conseguiram deixar de fumar. Desde 1998 que estes fumadores ansiavam por um desfecho favorável às suas pretensões, sendo que esta segunda-feira já foi descrita por Mario Bujold, director do grupo de lobby anti-tabaco do Quebeque, como “um grande dia para as vítimas do tabaco”.

Do total de cerca de 11 mil milhões de euros decretados pelo tribunal como compensação pelos danos “morais e físicos” causados às pessoas, mil milhões terão de ser pagos nos próximos 60 dias. O acórdão define ainda um valor para aqueles que começaram a fumar antes de 1976 e para os que começaram depois dessa data. Perto de 100 milhões de euros serão ainda distribuídos por cerca de 900 mil residentes do Quebeque, que terão ficado alegadamente viciados em tabaco.

A Imperial Tobacco Canada foi condenada a pagar a maior parte do montante decretado, sendo responsável por 67% dos danos causados. A Rothmans, Benson & Hedges terá de cobrir 20%, ao passo que a JTI-Macdonald Corp fica responsável pelo pagamento dos restantes 13%.

Empresas vão recorrer

O caso “está longe de acabar”, alertou um porta-voz da Rothmans, Benson & Hedges, em declarações à CBC, expressando a posição das três empresas, que informaram imediatamente da intenção de recorrer da decisão do juiz Brian Riordan.

Entendem as companhias de tabaco que não devem ser responsabilizadas pelas decisões tomadas pelos consumidores. “A decisão de hoje ignora a realidade, uma vez que os consumidores e os governantes conhecem os riscos associados ao tabaco desde há décadas”, disse Tamara Gitto, vice-presidente da Imperial Tobacco Canada, afirmando que irá defender os direitos legais da empresa, através do recurso. Na sua opinião, este desfecho “liberta consumidores adultos de quaisquer responsabilidades das suas acções”.

Já os responsáveis da JTI-Macdonald Corp entendem que “os canadianos estão bem conscientes dos perigos para a saúde” causados pelo tabaco “desde os anos 50”, informando que os avisos estão descritos nos maços “há mais de 40 anos”.

Categorias
Uncategorized

Maconha ou Canabidiol? Sobre o que estamos falando?

Nas últimas semanas todos os jornais e revistas semanais tem dado ênfase ao uso da Maconha, tanto recreacional quanto medicinal. Esta é a droga em ascensão no planeta. Há interesse comercial nesta história e inadvertidamente a mídia está ajudando ao aumento do consumo desta droga.

Soltar notícias como “Maconha no quintal: cresce cultivo para tratar a epilepsia”, ou “Anvisa aprova primeiro medicamento a base de maconha” só leva ao incentivo ao uso precoce desta droga.

Você já ouviu reportagens sobre “Hospital usa heroína para tratamento de dor” ? Não se houve isto, embora usemos a morfina em todos os centros médicos, esta derivada da heroína.

Maconha ou Canabidiol

As notícias tinham que ser dadas de maneira responsável: “A substância canabidiol parece controlar convulsões”, ou “Os estudos com o canabidiol estão aumentando e talvez daqui há 15 anos estejamos tratando convulsões, glaucoma e outras situações com esta nova droga”.

Faço votos que o canabidiol, extraído da Cannabis tenha sucesso terapêutico nos estudos a que está submetido e possa em poucos anos ocupar espaço real nas nossas prescrições, mas antes disto, precisamos alertar principalmente a população jovem das possíveis lesões que o uso precoce e inadvertido da maconha pode acarretar.

Há necessidade de maior responsabilidade em se tratar a maconha como uma droga terapêutica ou uma droga inofensiva. A maconha usada na adolescência pode causar perda de memória e diminui o tamanho do cérebro. Famílias com jovens com surto psicótico e/ou esquizofrenia estão pagando o preço do uso recreacional ou terapêutico da maconha. Se assim for, daqui há 15 ou 20 anos terei que abrir um ambulatório para tratar pessoas dependentes de maconha como fazemos hoje com o cigarro.

Todo fumante de tabaco tem um avô de 90 anos que fumou a vida toda e tem muita saúde, mas se esquecem do aumento em 10 x de todas as doenças tabaco relacionadas com o uso do cigarro. Da mesma maneira, 20% da população vai ficar dependente da maconha e 1% poderá ter surto psicótico.

Resumindo, uso de Maconha é uma coisa; uso de Canabidiol é outra. Não confundam uma coisa com outra.

Categorias
Uncategorized

O que ocorre nos 2 primeiros estados que legalizaram a Maconha nos Estados Unidos

• No Brasil, o mesmo que está ocorrendo com a maconha se repete com o uso do cigarro e do álcool.

• Quem fuma mais é o pessoal menos favorecido que compromete um percentual maior do seu ganho em álcool e drogas.

• Quando se começa a usar, nunca se sabe se você estará no grupo dos dependentes.

Categorias
Uncategorized

EUA indicam aumento na repressão ao uso recreativo da Maconha

Segundo porta-voz da Casa Branca, há intenção de endurecer a aplicação da legislação nacional, que proíbe consumo; medida pode frear tendência regional de descriminalização, que ganhou força com Obama – em 8 Estados, uso da droga é livre.

pe de maconha


Segundo especialista, os canabinoides têm uma margem maior de benefícios terapêuticos sem causar uma overdose

A Casa Branca indicou na quinta-feira, 23, que poderá endurecer a posição do governo federal em relação ao uso recreativo da maconha, o que pode ameaçar ou reverter o movimento de legalização da droga e colocar em risco uma indústria que movimentou US$ 7 bilhões no ano passado.

Dos 50 Estados americanos, 28 permitem a utilização medicinal da maconha. Em oito deles e no Distrito de Columbia, o uso recreativo também é autorizado. Sean Spicer, porta-voz de Donald Trump, disse que o presidente vê uma “grande diferença” entre os dois tipos de utilização da droga. Segundo ele, a legislação federal passará a ser aplicada com mais rigor no caso do uso recreativo.

Mapa do panorama da comercializacao da maconha nos Estados Unidos

Apesar de os Estados terem legalizado a droga, sua produção, comercialização e consumo continuam a ser classificados como crime pelas leis federais. O movimento pela descriminalização foi possível porque, durante o governo Barack Obama, o Departamento de Justiça adotou diretrizes que respeitavam as decisões dos Estados em relação ao assunto.

Em memorando de 2013, o então secretário de Justiça, Eric Holder, orientou os procuradores federais a centrarem esforços em oito pontos prioritários, entre os quais estavam o combate à venda de maconha a menores, ao uso de recursos obtidos com o comércio da droga em atividades criminosas e à utilização de armas de fogo em seu cultivo ou venda.

O governo Trump pode mudar essas diretrizes e orientar os procuradores federais a aplicar a lei de maneira estrita, sem levar em consideração as legislações estaduais. O novo secretário de Justiça, Jeff Sessions, é contrário à legalização e já declarou que “pessoas boas” não consomem a droga.

Dados do governo americano indicam que 33 mil pessoas morreram em 2015 por abusar de drogas. Não há nenhum registro de morte por overdose de maconha. Além disso, estudo publicado no ano passado mostrou redução na prescrição de medicamentos para dor a pessoas que fazem uso da maconha. 

O movimento pela liberalização da droga começou em 1996, quando a Califórnia aprovou sua aplicação medicinal. Em 2014, Colorado e Washington se tornaram os primeiros Estados a autorizar o uso recreativo da droga.

Em 2015, 650 mil pessoas foram presas nos EUA por violações relacionadas à maconha, o que representou 40% de todas as detenções motivadas por drogas. Segundo o Drug Policy Alliance, que defende a legalização, 89% das detenções foram motivadas pela simples posse de maconha.

Pesquisa do Pew Research, divulgada em outubro, mostrou que 57% dos entrevistados eram favoráveis à legalização do consumo de maconha – apenas 37% se declararam contrários. Entre os mais jovens, o apoio chegava a 70%.

Fonte: Estadão