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Carnaval é propício para o consumo exagerado de álcool

A proximidade do Carnaval exalta os ânimos dos brasileiros que, em busca de diversão, estão sujeitos às práticas mais desinibidas durante os dias de folia.


É neste período que, especialmente os jovens, sentem-se mais atraídos pela ampla opção de roteiros e atividades, o que inclui também aspectos negativos, como o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Este comportamento é ainda mais propício nesta época, visto que o controle dos pais sobre os filhos pode ser menos rigoroso quanto ao consumo dessas substâncias, segundo o psiquiatra e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Dr. Carlos Salgado.

“A atitude liberal para inúmeras condutas incluem o jovem, ainda mais no Carnaval, onde existe a questão cultural e a oferta de situações é mais ampla. O jovem, mesmo que não tenha o costume de ingerir álcool, pode sofrer influência do grupo de amigos que insiste no consumo, além de favorecer a prática da relação sexual sem preservativo”, afirma o psiquiatra. Além das reações fisiológicas, a ressaca “moral” costuma acometer os adolescentes menos habituados ao álcool e pode ser um agente facilitador para um alcoólatra em potencial.

O grande fator de risco para o desenvolvimento do alcoolismo ocorre quando o indivíduo experimenta situações prazerosas envolvendo o álcool e acredita que esse parâmetro só pode alcançado quando ingere essas substâncias etílicas. A partir daí, o adolescente se torna mais vulnerável à repetição deste hábito e pode ser uma porta de entrada para o uso de drogas ilícitas como maconha e cocaína.

Um importante dado que muitos desconhecem, segundo o especialista, é o efeito que o álcool provoca nos portadores de distúrbios de psicose e bipolaridade. “Muitos bebem e desconhecem a prédisposição à esses transtornos. O excesso de bebida certamente deflagrará crises e o início da doença é antecipado pelo uso dessas substâncias”, adverte. Assim, aqueles que conhecem ou são familiares de pessoas com essas condições, precisam evitar que o paciente consuma álcool e, nesses casos, é estritamente contraindicado.

Uma vez que a experiência prazerosa que o álcool pode proporcionar a esses jovens é perigosa, muitos ignoram os alertas e continuam bebendo intensivamente durante os dias de folia. É durante esta experiência que o adolescente vira alvo da dependência e dá os primeiros indícios para esta categoria. É neste ponto que os pais precisam agir rapidamente, já que eles podem atuar como educadores e impedir que seus filhos sejam os próximos alcoólatras do País.

“O papel dos pais é o de representante dos valores sociais e reguladores da ação do jovem em meio ao ambiente social. E de nada adianta a família exigir um comportamento adequado do filho se os pais também cometem abusos durante o Carnaval. O exemplo vem de casa”, revela o Dr. Carlos Salgado.

Portanto, para usufruir das festas sem cometer excessos, o especialista recomenda que os pais não autorizem, de maneira alguma, que seus filhos consumam bebidas alcoólicas e apela para o bom senso no momento da conversa. “A dica é dirigida aos adultos, já que o álcool e o tabaco são substancias ilícitas para menores de 18 anos. Pais que de certa forma cultivam este hábito, colherão mais adiante a dependência química dos adolescentes”, finaliza.

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