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Uso de narguilé entre jovens dobra em 5 anos, e Ministério da Saúde faz campanha de alerta

08/09/15

Conhecido como cachimbo de água, ele é mais perigoso do que cigarro, por conter até mesmo carvão

uso-de-narguile

BRASÍLIA E RIO — Uma sessão de 20 a 80 minutos ao redor do narguilé, inalando a fumaça aromatizada e respirando o ar do ambiente, equivale a consumir cem cigarros, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação é o mote da campanha anunciada ontem pelo Ministério da Saúde de combate ao uso do chamado cachimbo de água. No Brasil, ao menos 212 mil pessoas fazem uso do narguilé, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados ontem pelo ministro da Saúde, Arhur Chioro.

As informações da PNS foram comparadas com as da Pesquisa Especial de Tabagismo, feita em 2008. Os dados mostram que, num período de cinco anos, de 2008 a 2013, a proporção de homens fumantes na faixa dos 18 aos 24 anos que consomem narguilé subiu 139%, passando de 2,3% para 5,5%.

As duas pesquisas não incluem adolescentes, mas, segundo Chioro, essa é a faixa etária mais propensa ao cachimbo de água:

— Os adolescentes são aqueles que mais se seduzem, achando que o narguilé não os expõe a todos os malefícios do cigarro comum. Mas fumar o narguilé equivale a cem cigarros. Queremos consolidar essa informação junto aos adolescentes.

Vice-diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luís Felipe Ribeiro Pinto explica alguns fatores que levam à comparação entre a sessão de narguilé e o consumo de uma centena de cigarros:

— O volume de uma tragada de fumaça, no narguilé, é bem maior que a do cigarro. É por esse motivo que você consome o equivalente a cem cigarros num espaço de tempo muito curto. Se um fumante pesado consome de três a quatro cigarros por hora, no narguilé esse consumo será 20 ou 30 vezes maior.

Outra razão, segundo Ribeiro Pinto, é que a falta de filtro do narguilé leva uma quantidade maior de nicotina ao cérebro, ampliando o mecanismo da dependência. O médico desmistifica a ideia de que a água presente no narguilé faria uma espécie de filtragem das substâncias nocivas.

Entre os consumidores adultos de narguilé, segundo a PNS, a maior parte está no Sul, com 46%. Em segundo, vem o Sudeste, com 31%. O Centro-Oeste responde por 20% dos entrevistados que declararam fazer uso do cachimbo. Com os menores índices estão o Nordeste (2%) e o Norte (1%).

Quase um terço (27%) dos consumidores de narguilé faz uso do apetrecho semanalmente. Entre 13%, a frequência é mensal. Nos dois extremos, estão os 7% que fumam com o cachimbo diariamente e 53% que responderam fazer uso esporadicamente.

Muito utilizado na cultura árabe, indiana e turca, o cachimbo de água — também chamado de arguile, narguila, shisha ou hooka — é preparado com um fumo especial, feito com tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. O tabaco é queimado em um fornilho, e sua fumaça, após atravessar um recipiente com água, é aspirada por uma mangueira até chegar à boca.

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A estudante de Farmácia Luiza Soutto Mayor, de 26 anos, tem um suporte de narguilé em casa, que ganhou de um ex-namorado israelense, e fuma eventualmente, com os amigos ou sozinha, para relaxar.

— Não fumo cigarro nem tabaco, mas o narguilé tem um gosto doce, e a fumaça espessa é um dos baratos também — conta Luiza, que tinha 19 anos quando experimentou pela primeira vez. — Eu gosto muito e fumo com pouca frequência, então não tenho a menor pretensão de parar.

Para Sollon Lima, de 25 anos, o narguilé é um hábito social. Ele tem o aparato em casa, mas só gosta de fumar quando está entre amigos.

— É como uma cerveja. Às vezes, em vez de nos reunirmos para um chope, fumamos um pouco — diz Sollon, que não fuma cigarro comum e não se considera dependente.— Costumo fumar fim de semana sim outro não, mas não sinto falta.

Chioro ressaltou que o alerta sobre os malefícios do narguilé não deve ser entendido como incentivo para consumir o cigarro tradicional. O ministro destacou que não há exposição segura a compostos cancerígenos, que estão presentes tanto no cigarro quanto no narguilé.

Ele alertou para as 200 mil mortes no Brasil por ano relacionadas ao tabagismo. E ressaltou que a estimativa este ano é de 27.330 novos casos de câncer do pulmão. O hábito de fumar está ligado a 90% das ocorrências.

A campanha “Parece inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar cemcigarros” será veiculada até o dia 30 deste mês.

— A concentração de monóxido de carbono que se inala com o narguilé leva a doenças respiratórias, cardiovasculares e, em casos extremos, até a um infarto ou uma parada respiratória. Além da nicotina e do tabaco, o narguilé ainda tem carvão, o que só aumenta o risco de câncer de pulmão. Por mais que a frequência do consumo seja menor, a concentração altíssima dessas substâncias tóxicas torna esse hábito muito perigoso — afirma Ricardo Henrique Sampaio Meirelles, pneumologista do Grupo COI-Clínicas Oncológicas Integradas.

Além das doenças causadas pela inalação da fumaça, o cachimbo de água ainda aumenta a chance de transmissão de doenças infecciosas, como hepatite, herpes e tuberculose, já que a piteira é compartilhada entre várias pessoas.

— Como tem nicotina, o narguilé leva à dependência química. Pode ser uma porta de entrada para os cigarros industrializados, principalmente para os jovens, que são seduzidos pelo sabor doce — opina Paula Johns, diretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).

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Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma norma proibindo substâncias como açúcares e aromatizantes no cigarro. A guerra prosseguiu até que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovou, em setembro de 2013, uma liminar que liberou os aditivos no mercado brasileiro, e continua em vigor.

Em todo o país, a chamada Lei Antifumo, regulamentada em 2014, proíbe o ato de fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais fechados de uso coletivo, públicos ou privados, mesmo que o ambiente esteja parcialmente isolado por uma parede, divisória, teto ou toldo. Por isso, restaurantes que ofereciam narguilé tiveram que se adequar. Os tradicionais Amir e Arab, ambos em Copacabana, não disponibilizam mais o atrativo a seus clientes. Já o Bar Bukowski, em Botafogo, oferta o cachimbo oriental aos frequentadores no jardim da casa. A área, exclusiva para o consumo, fica em um ambiente aberto e recebe grupos de quatro pessoas por vez. As piteiras são descartáveis.

— A área do narguilé fica lotada a noite toda. Com certeza, é um atrativo da casa, e ainda ajuda os frequentadores a socializarem. Tem muita gente que se conhece e bate papo em torno do narguilé — afirma Felipe Gama, gerente do Bukowski.

Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/uso-de-narguile-entre-jovens-dobra-em-5-anos-ministerio-da-saude-faz-campanha-de-alerta-17399069#ixzz3knqCiRIl

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Uruguai vence batalha contra Phillip Morris e cria jurisprudência internacional

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Organizações internacionais como OMS e OPS (Organização Panamericana de Saúde) comemoraram a decisão, classificada como ‘modelo na luta contra epidemia do tabaco’

A tabacaria norte-americana Philip Morris perdeu o processo que a empresa abriu em 2010 contra as políticas antitabaco do Uruguai, impulsionadas pelo presidente Tabaré Vázquez, durante seu primeiro mandato (2005-2010). Como resultado da decisão anunciada ontem (8) pelo Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi), a companhia terá que pagar US$ 7 milhões ao Uruguai.

De acordo com Eduardo Bianco, presidente do Centro de Pesquisa sobre a Epidemia do Tabagismo, a decisão é importante porque se trata “do primeiro caso em que uma multinacional tabaqueira leva a julgamento um país soberano pela aplicação de normas do convênio marco para o controle do tabaco, que é o primeiro tratado mundial de saúde pública”, afirmou em declarações ao site Sputnik.

“Este caso era importante não somente para o Uruguai, mas para o restante do mundo. O que se decidiu nessa arbitragem terá impacto sobre o desenvolvimento de políticas semelhantes. Teve muito país que se abstivesse de aplicar medidas devido a este caso. Isso gera um antes e depois em nível internacional”, ressaltou Bianco.

O processo foi motivado pela medidas antitabaco, que consistem na obrigação de que em 80% da superfície dos pacotes de tabaco estejam relatados os riscos acarretados pelo hábito de fumar.

“Nenhum outro país no mundo adotou tal requisito, o qual não é exigido nem contemplado pelo regime regulador internacional integral para produtos de tabaco”, destacou o árbitro do Ciadi, Gary Born, na decisão.

Organizações de saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde (OPS) parabenizaram o Uruguai pela vitória: “Este caso se converte em um modelo na luta contra a epidemia de tabaco”, disseram em comunicado conjunto.

“Esta decisão é um reconhecimento aos esforços contínuos do Uruguai para proteger sua população contra o consumo do tabaco e exposição à fumaça de tabaco alheio”, diz o texto.

As organizações dizem ainda que a decisão apresenta um “precedente e um chamado a todos os países para implementar estas medidas sem medo de violar qualquer tratado, apesar das reclamações feitas pelas empresas tabacaleiras”.

A diretora da OPS, Carissa F. Etienne, afirmou ainda que “este é um dia muito importante para todos, já que este caso se converte em um exemplo para as Américas e o mundo na luta contra a epidemia contra o tabaco, independentemente das ameaças da indústria do tabaco”.

Vázquez comemora

Após conhecer o laudo, Vázquez, que é médico oncologista de formação, realizou um discurso televisivo e radiofônico no qual exclamou que o Estado Uruguaio saiu ganhador e “as pretensões das tabacarias foram categoricamente rechaçadas”.

Fonte: RBA (Rede Brasil Atual) Publicado em 9 de julho de 2016.