Projeto CALOUROS
Dr. BartÔ entrou na FacÚ…
Dr. Bartô resolveu voltar para a faculdade. Depois de 33 anos de formado, resolveu começar tudo de novo. Sua volta para a faculdade, entretanto, tem uma explicação. Há 13 anos, com grande repercussão na mídia e espanto geral, uma faculdade de medicina perdia um calouro afogado na piscina do clube ao lado da faculdade.
Apesar da dramaticidade e da repercussão que o caso gerou e das discussões que o sucederam, tanto dentro como fora da universidade, continuamos em outras conceituadas escolas do país, a perder calouros e alunos em situações parecidas e tão trágicas como esta, vítima do trote irresponsável promovido por seus veteranos, ou em festas da moçada, movidos pelo álcool e pela impunidade.
No ano passado, em outro trágico
ocorrido, outro aluno da mesma universidade faleceu atropelado na
Rodovia Raposo Tavares, embriagado. O jovem voltava de uma “cervejada”
de recepção dos calouros. Sozinho, desorientado e sob o efeito de
álcool, o jovem foi atropelado enquanto caminhava na rodovia vizinha a
Universidade.
Se seus veteranos se preocuparam em
organizar uma recepção regada a cerveja, não se preocuparam com o real
bem estar do jovem, que consumiu mais álcool do que o recomendado e saiu
perambulando sozinho por uma estrada altamente movimentada.
A cada festa, diversos estudantes
alcoolizados são atendidos em hospitais. Em dia de “chopadas”,
“cervejadas”, ou “calouradas” não é raro encontrar no Hospital jovens em
coma alcoólico, correndo grave risco de morte. Em dia de “festas”, o
movimento do pronto socorro aumenta consideravelmente.
Quando confrontados com este problema,
centros acadêmicos e atléticas das escolas mais festeiras apresentaram
como solução disponibilizar ambulâncias nas festas, para que seus
colegas possam receber cuidados ali mesmo, não perturbando a dinâmica do
hospital. Somente os estudantes em estado realmente grave precisariam
ser encaminhados para atendimento mais especializado.
Quiseram, portanto, tapar o sol com a peneira. O problema não era e não é o movimento do hospital, mas sim a bebedeira exagerada que coloca em risco o bem estar tanto dos próprios estudantes como da comunidade em torno das universidades, pois, como sabemos, muitos destes jovens deixam as festas dirigindo. A média de ingestão de bebidas alcoólicas é de 4 doses ou latas, variando de 0 a 10. Não houve diferença comparando o grupo que iria dirigir com aquele que não iria dirigir. E o pior, quem não iria dirigir ia embora com aquele que bebeu.
Ano retrasado, em outra universidade
particular, outra tragédia evitável atingiu um aluno. Em uma balada,
dois alunos desta outra universidade se envolveram em uma briga, na qual
um deles acabou tendo sua jugular perfurada por um copo quebrado,
falecendo instantes depois.
Filho de um colega de turma do Dr. Bartô,
este é mais um rapaz, como outros estudantes, que teve seu futuro
interrompido de forma trágica, em um momento que era para ser de alegria
e realização para ele e sua família. Ele se formaria em direito no
final daquele ano.
Chega de besteira e de acidentes!
Este é um momento de festa, mas temos
que diminuir a chance do pior acontecer. Temos que curtir, mas sem os
exageros que podem levar a acidentes; sem colocar a nós e àqueles que
nos cercam em perigo.
O Dr. Bartô voltou à Universidade, não
para estudar, mas para trazer algumas dicas de quem lida diariamente com
acidentes que, na maioria das vezes, podem ser evitados.
Aqui vão algumas dicas para que você curta, sem exageros, este momento de grande alegria:
- – Beba água ou coma um chocolate caso você esteja bebendo.
- – Coma durante a festa e evite bebida alcoólica com energéticos, pois eles
mascaram os efeitos do álcool. - – Arrume um amigo do peito. Vá para a festa com um amigo de verdade, aquele cara que poderá te ajudar em qualquer situação mais complicada. Em caso de emergência ele poderá te ajudar.
- – Mas procure não chegar a este ponto. Pode ser fatal ou te deixar seqüelas graves.
Se alguém quiser te forçar a beber, não caia nesta. Cuidado com o esquenta, aonde amigos podem te influenciar a beber cada vez mais. Respeite aqueles que não gostam de beber e, se não for o caso, beba com moderação.
Vamos diminuir o risco do abuso do álcool entre nós. Lembre-se, se beber não dirija!
E não exagere, pois você está apenas começando a melhor fase de sua vida.