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Formulário de Inscrição para Participantes da Jornada – “Por um mundo livre de nicotina”

O cenário atual do Brasil com relação ao tabagismo

Nos últimos vinte anos, o Brasil reduziu a prevalência do tabagismo para um dígito e a indústria do tabaco reagiu para recuperar o seu mercado de nicotina, promovendo e vendendo cigarros eletrônicos direcionados aos jovens. A prevalência de fumantes (maiores de 18 anos) diminuiu de 15,7% em 2006 para 9,1% em 2021, bem como a exposição ao fumo passivo. Em 2020, o Ministério da Saúde estabeleceu a meta de reduzir a prevalência do tabagismo em 40% até 2030, como parte do Plano de Ação Estratégico para o Enfrentamento das Doenças Não Transmissíveis no Brasil, 2021-2030.

Desde 2009 a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a venda, importação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil e ratificou de forma consistente esta mesma regulamentação em abril de 2024. Mas plataformas digitais, incluindo o Tik Tok, são utilizadas para promover cigarros eletrônicos direcionados a adolescentes, apesar dos esforços da ANVISA para monitorá-los e multá-los. Além disso, a indústria do tabaco busca mobilizar a opinião pública contra a regulamentação da ANVISA e confundir a população com a afirmação de que os cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar, que são seguros e reduzem os danos em comparação aos cigarros aquecidos. Muitas pessoas, especialmente crianças e adolescentes e suas famílias, estão confusas e desconhecem as táticas da indústria do tabaco para promover os cigarros eletrônicos.

Esse jogo de interferência contribuiu para o aumento da prevalência do tabagismo entre os adolescentes, de 6,6% em 2015 para 6,8% em 2019, e do consumo de cigarros eletrônicos. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar mostrou que em 2019 2,8% dos estudantes de 13 a 17 anos usavam cigarros eletrônicos no últimos 30 dias. Como resultado ainda existem 20 milhões de fumantes no Brasil, 1 milhão de usuários de cigarros eletrônicos. Há também 160 mil mortes precoces por ano e mais de 24 bilhões de dólares são gastos por ano com doenças relacionadas ao tabaco, enquanto as empresas de tabaco arrecadam apenas R$ 2 bilhões de dólares por ano em impostos sobre cigarros.

A indústria do tabaco tem mobilizado fortes forças políticas como, por exemplo, o Projeto de Lei 5008/2023 que está em análise no Senado Federal que confronta a regulamentação atual da ANVISA e propõe a liberalização do comércio de cigarros eletrônicos. É importante destacar que este Projeto de Lei categoriza os cigarros eletrônicos em nicotínicos e não-nicotínicos, mencionando a possibilidade de uso de “ervas”. É importante destacar também que no Brasil há um grande debate sobre o “uso medicinal da maconha” e está em análise um projeto de lei na Câmara dos Deputados sobre o uso medicinal da cannabis com diversas emendas que promovem sua liberação para uso recreativo , o que faz sentido com a proposta do projeto de lei 5008/2023 citada acima. É fato também que a indústria do tabaco diversificou seu portfólio de negócios e investiu no mercado de maconha em outros países. Essa situação ainda é desconhecida por muitos parceiros de controle do tabaco e também precisa ser debatida, pois é possível que as vendas de cigarros eletrônicos em a Internet em breve também oferecerá não apenas nicotina, mas também outras “ervas”, incluindo a maconha.

O papel das escolas

O Programa Saber Saúde foi instituído em 5 de dezembro de 2007 pelo Decreto n° 6.286, e é atualmente regulamentado pela Portaria Interministerial n° 1.055 de 25 de abril de 2017. É essencial o apoio dos gestores estaduais e municipais das áreas de educação e saúde, pois se trata de um processo intersetorial com foco na saúde. Ele permite o desenvolvimento de ações preventivas para o controle do tabagismo no ambiente escolar, com o objetivo de formar cidadãos mais críticos, capazes de fazer escolhas conscientes e mais assertivas, na busca de melhor qualidade de vida. As informações e as atividades relacionadas ao consumo do tabaco e a outros fatores de risco de câncer são aplicadas ao cotidiano da escola, como parte do projeto pedagógico. É importante reforçar os fatores de proteção e reduzir os fatores de risco através da avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública e do Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes, assim como tentar evitar a iniciação e, se já ocorreu, evitar a manutenção do uso através da promoção da Saúde e de atividades de Prevenção.

O papel dos profissionais da saúde

Mais de 70% das pessoas que sofrem de Transtornos Mentais Comuns como depressão, ansiedade e sintomas somatoformes são atendidas na atenção primária a saúde por queixas relacionadas a esses transtornos. No entanto, menos de 50% dos quadros são diagnosticados corretamente; destes, menos da metade recebem tratamento adequado para o tabagismo (farmacológico ou psicológico) e destes, menos de 50% dos pacientes aderem ao tratamento proposto. Soma-se a isto que a taxa de tabagismo é 2 a 3 vezes maior entre pessoas com problemas de saúde mental do que na população geral, particularmente entre pessoas com depressão, transtornos ansiosos, transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia e/ou transtornos por uso de outras substâncias, tais como alcoolismo e os transtornos relacionados a substâncias ilícitas.     Por tudo isso e urgente a necessidade de preparamos profissionais da saúde para poderem melhor abordarem estes pacientes.

Sobre a Jornada da ABEAD

No dia 25 de maio das 9 horas às 17 horas, A Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD) promoverá uma jornada on-line para profissionais da saúde, educadores, estudantes de diversas áreas da saúde, para discutir esta temática urgente que é o tabagismo “Por um Mundo Livre de Nicotina: Protegendo os jovens”.  Entre os palestrantes estão profissionais com longa atuação da área clínica, da educação, do advocacy.

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Ações de Saúde na USP

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É hoje! Drogas lícitas e ilícitas.

É hoje! Drogas lícitas e ilícitas – problema da saúde pública e de todos 18 de abril, das 19h30 às 21h Palestrante Convidado Dr. Gonzalo Vecina Fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); É um dos idealizadores do sistema Único de Saúde (SUS) e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Assista: @sbpnarede SBPediatria  www.sbp.com.br/lives Organização: Grupo de Trabalho do Programa Violência na Adolescência da SBP

No youtube e no facebook a live é aberta!

Precisa colocar login e senha apenas quando for pelo site da SBP.

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Dr. João Paulo Becker Lotufo no programa “Cada Vez Melhor com AMOR EXIGENTE”

“Cada Vez Melhor com AMOR EXIGENTE” “Apresentação: Thiago Bianchetti, Coordenador de Comunicação da FAE” “TERÇA 02/04 – ÀS 19H” “PREVENÇÃO AOS CIGARROS ELETRÔNICOS” “Dr. João Paulo Becker Lotufo, Pediatra, Coord. do Projeto Antitabágico do HU/USP; Luiz Fernando Cauduro, Presidente da FAE; Miguel Tortorelli, 2º Vice-Presidente da FAE.” “CLARO TV e VIA EMBRATEL – Canal 3 SKY e OI TV – Canal 28 GVT e VIVO TV – Canal 239 ou baixe o app da COMBRASIL”

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Webinar SBP: Drogas lícitas e ilícitas – problema de saúde pública

Dr. João Paulo Becker Lotufo entrevista Dr. Gonzalo Vecina

Webinar SBP Drogas lícitas e ilícitas – problema da saúde pública e de todos 18 de abril, das 19h30 às 21h A SBP convida todos para debater sobre um importante problema de saúde pública: o uso de drogas lícitas e ilícitas. O encontro aprofundará esse tema com especialistas renomados na área, no dia 18 de abril, das 19h30 às 21h. Não perca!

Palestrante Convidado Dr. Gonzalo Vecina Neto

  • Conselheiro do Cremesp
  • Professor Assistente da Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas/SP
  • Ex-presidente da ANVISA (1999/2003)
  • Membro do Conselho Consultivo Mundial em Saúde Pública Universidade Estadual Paulista UNESP)

Moderação: Dr. João Paulo Becker Lotufo

  • Professor Titular SBP nas áreas dos comitês do combate ao álcool, tabaco e drogas; responsável pelo Núcleo de Combate ao Uso De Drogas na Prevenção ao Suicídio Adolescente no Secretaria Municipal De Saúde (SMS/SP) E membro da Comissão Do Combate Ao Tabagismo Da Associação Médica Brasileira (AMB).

Organização: Grupo De Trabalho De Drogas e Violência na Adolescência da SBP.

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Dr. João Paulo Lotufo fala sobre Cigarros Eletrônicos na TV

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História de “Minha Cruz” – Wolô Borus – Hinologia Cristã

Espiritualidade na prevenção.

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João Gordo fala sobre as dificuldades para parar de fumar

“Parei na marra”, diz o músico João Gordo. Ele conta como se assustou ao ver o sangue retirado de seu pulmão: “Era uma lama preta!”. Na edição 707 de ÉPOCA, personalidades dizem como se livraram do cigarro. (www.epoca.com.br)

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Dr. Bartô no Fórum sobre cigarro eletrônico.

Dr. João Paulo Becker Lotufo, sendo participante da Comissão de Drogas Lícitas e Ilícitas do Conselho Federal de Medicina (CFM), colaborou com a organização do Fórum sobre Cigarro Eletrônico no dia 27 de fevereiro de 2024. Isso acontece exatamente no momento em que a ANVISA e o Congresso Nacional discutem a regulamentação do cigarro eletrônico no Brasil.

O CFM se posiciona contra a produção, venda ou importação do Cigarro Eletrônico diante de todo malefício que poderá causar sobre o NICOTISMO.

A experiência do Hospital Universitário da USP foi levada através do seu ambulatório antitabágico e sobre a Abstinência de Drogas no seu Berçário.

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Dr. Bartô na prefeitura de Campinas – SP.

Em uma ação da ONG Freenind – ISSUP Brasil e do Doutor Bartô e os Doutores da Saúde, o projeto de prevenção de álcool e outras drogas foi levado à prefeitura de Campinas no dia 26 de fevereiro de 2024.