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Projeto Capacitação

Capacitar gestores, equipe técnica, pedagógica e de apoio em escolas e empresas – públicas ou privadas, a lidar com a grande incidência de vícios lícitos (tabagismo e álcool).

Iniciamos nosso trabalho com uma palestra motivacional para que os professores da escola ou os interessados na saúde nas empresas para que eles desenvolvam um trabalho sobre drogas lícitas. Exemple: o professor de matemática vai estudar questões sobre quanto o pai já gastou com cigarros nos 20 anos em que fuma, o de história conta a história do tabagismo, o de Educação Física trabalha a performance do fumante nos esportes, o de trabalhos manuais desenvolve trabalhos sobre o tema, etc…

Enquanto trabalhamos com as equipes pedagógicas, o teatro estimula os alunos com várias apresentações.

O diferencial deste projeto é o fato de ser um trabalho preventivo sobre drogas lícitas.

Estrutura necessária

1. Gerenciamento do Projeto – 1 administrativo, 1 secretária assessoram em todas as etapas, cuidam do transporte do pessoal, da agenda e dos contatos com escolas e patrocinadores.

2. Palestras – até duas em cada escola ou empresa – efetuada pelo medico responsável . Duração média de 1h30, com os professores ou coordenadores da escola ou empresa ou com os pais.

3. Grupo de Teatro para crianças e adolescentes – composto de 7 atores e dois músicos (música ao vivo), apresenta a peça “Dentes em Fúria contra o Tabacobaco”, com duração de uma hora, envolvendo crianças de 7 a 14 anos por 60 minutos.

4. Material de apoio – folhetos , vídeos, livros infantis sobre o assunto que já existem e que poderão ser produzidos novamente com materiais fornecidos pela empresa patrocinadora ou apoiado pela empresa. Site interativo, com as perguntas mais freqüentes e canal de respostas. Jornal eletrônico com noticias e informações sobre o tema, atualidades.

5. Desenvolver e dar apoio à equipe local para que o trabalho continue por todo o ano, com envio de jornal via e mail com notícias atualizadas sobre o assunto drogas lícitas: álcool e tabagismo.

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Programa “Sexo, Drogas, e Rock and Roll” pela Rádio Mega Brasil

programa-radio-mega-brasil

Participação dos alunos e professor Ernani da Escola de Aplicação da USP

Falando sobre uso de Maconha entre os jovens de 14/15 anos.

Apresentação: Dr João Paulo B. Lotufo 

Dia 22/11/2016 ás 18 h e reapresentações dia 24/11 às 21 h e 26/11 as 16:00 h

Para ouvir, acessar: www.radiomegabrasilonline.com.br

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Programa Rádio USP/SP com Doutor Bartô e os Doutores da Saúde

Sintonize 93,7 FM ou ouça online aqui.
Ouça os programas anteriores em http://jornal.usp.br/radio-usp/perfis/joao_paulo_lotufo
Desde 19 de setembro o Dr João Paulo Lotufo está como colunista do Jornal e Rádio USP/SP com a coluna Doutor Bartô e os Doutores da Saúde, abordando em 5 minutos temas de prevenção de drogas

Horário: Terça às 10h

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Dr. João Paulo no Canal Futura Play

12/03/18

Dr. João Paulo B. Lotufo participou do programa no canal Futura “ Conexão” Jovens e o Álcool – 28/02/2018.

Assista a entrevista.

programa-futura-conexao

João Paulo B Lotufo
Médico pediatra, pneumologista , responsável pelo projeto de prevenção de drogas do HU USP, responsável pelo projeto de prevenção de drogas no ensino fundamental e médio “Dr Bartô” – www.drbarto.com.br.

projeto-prevencao-de-alcool-e-tabaco-na-adolescencia
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Programação para Escolas

Primeira Opção – INTERVENÇÃO COMPLETA

Mês 1: Palestra para Professores
Mês 2: Palestra Tabaco (para os alunos)
Mês 3: Concurso  de redação Tabagismo
Mês 4: Palestra Álcool (para os alunos) + Concurso Cartaz    Alcoolismo
Mês 5: Teatro educativo + Premiações dos concursos

Distribuição de material e livretos do Dr Bartô:
Mês 1: Material para Professores
Mês 2: Marcelinho miado e a névoa assassina (sobre tabagismo passivo)
Mês 3: Meu tio ficou Banguela (problemas de saúde causado pelo tabaco)
Mês 4: Meu Avô Sumiu (problemas de saúde causado pelo álcool)
Mês 5: Minha Tia Odila (o que fazer para evitar as drogas lícitas)

DetalhamentodasAtividades:

  • Palestra para professores, funcionários e comunidade;

Serão oferecidas duas palestras (manhã e tarde) para capacitação e atualização sobre drogas lícitas (tabaco e álcool) como porta de entrada para as drogas ilícitas na adolescência e infância. As palestras serão ministradas pela equipe do ambulatório anti-tabágico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – USP.

  • Palestra Tabaco para os alunos

Serão oferecidas palestras sobre a temática do tabagismo para todos os alunos da escola. As palestras são adaptadas para cada público (fundamental 2 – ciclo 1, fundamental 2 – ciclo 2 e médio). As palestras são formatadas para interagir com 2 salas por vez e serão ministradas por profissionais com formação nas áreas de educação e saúde da equipe do projeto Dr Bartô.

  • Palestra Álcool para os alunos

Serão oferecidas palestras sobre a temática do álcool para todos os alunos da escola. As palestras são adaptadas para cada público (fundamental 2 – ciclo 1, fundamental 2 – ciclo 2 e médio). As palestras são formatadas para interagir com 2 salas por vez e serão ministradas por profissionais com formação nas áreas de educação e saúde da equipe do projeto Dr Bartô.

Concurso de redação e Concurso de campanha preventiva (Cartaz artístico) – Tabagismo e Alcoolismo
O concurso de redação e de campanha preventiva serão realizados nas escolas com premiações para os trabalhados que se destacarem e demonstrem a apropriação da temática pelos estudantes. Nossa equipe pedagógica irá desenvolver os cadernos do concurso e orientarão as escolas para a aplicação do mesmo. Após a análise dos trabalhos, serão selecionados os que receberão destaque e reconhecimento. Na festa de encerramento os alunos-autores receberão um prêmio por se destacarem no concurso. Este concurso não visa incentivar a competição. Pretende-se estimular os estudantes a refletirem e criarem a partir das temáticas propostas. Para o ciclo 1 do fundamental será realizada uma atividade análoga ao concurso, porém sem a premiação para os trabalhos de destaque devido às particularidades desta fase do indivíduo. Ficará a cargo das escolas a aplicação e recolhimento dos cadernos dos concursos.

Teatro educativo e premiação dos concursos
Por meio de uma intervenção lúdica para toda a escola, o Teatro educativo visa trabalhar a temática de forma divertida e dinâmica para encerrar este ciclo educativo de prevenção em saúde. O teatro conta com todo o equipamento necessário e pode ser apresentado em espaços abertos como pátio ou quadra. Após o teatro serão apresentados os trabalhos que receberão destaque e premiação.

  • Em todas as atividades serão distribuídos livretos para todos os alunos.

Estes livretos abordam a temática do projeto de forma lúdico-narrativa. Cada mês será distribuído um livreto diferente que reforça a temática do mês e auxilia o estudante a levar consigo o assunto trabalhado para além dos muros da escola, alcançando suas casas e famílias.

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Segunda Opção – INTERVENÇÃO  PARCIAL

Mês 1: Palestra para professores,  funcionários e comunidade
Mês 2: Palestra Tabaco (para os alunos)
Mês 3: Concurso de Cartaz – Tabagismo
Mês 4: Contação de História + Premiação do concurso

Distribuição de livreto:
Mês 1 : Marcelinho miado e a névoa assassina (sobre tabagismo passivo)
Mês 2 : Meu tio ficou Banguela (problemas de saúde causado pelo tabaco)
Mês 3 : Meu Avô Sumiu (problemas de saúde causado pelo álcool)
Mês 4 : Minha Tia Odila (o que fazer para evitar as drogas lícitas)

DetalhamentodasAtividades:

  • Palestra para professores, funcionários e comunidade;

Serão oferecidas duas palestras (manhã e tarde) para capacitação e atualização sobre drogas lícitas (tabaco e álcool) como porta de entrada para as drogas ilícitas na adolescência e infância. As palestras serão ministradas pela equipe do ambulatório anti-tabágico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – USP.

  • Palestra Tabaco para os alunos

Serão oferecidas palestras sobre a temática do tabagismo para todos os alunos da escola. As palestras são adaptadas para cada público (fundamental 2 – ciclo 1, fundamental 2 – ciclo 2 e médio). As palestras são formatadas para interagir com 2 salas por vez e serão ministradas por profissionais com formação nas áreas de educação e saúde da equipe do projeto Dr Bartô.

  • Concurso de campanha preventiva (Cartaz artístico) – Tabagismo

O concurso da campanha preventiva será realizado nas escolas com premiações para os trabalhados que se destacarem e demonstrem a apropriação da temática pelos estudantes. Nossa equipe pedagógica irá desenvolver os cadernos do concurso e orientarão as escolas para a aplicação do mesmo. Após a análise dos trabalhos, serão selecionados os que receberão destaque e reconhecimento. Na festa de encerramento os alunos-autores receberão um prêmio por se destacarem no concurso. Este concurso não visa incentivar a competição. Pretende-se estimular os estudantes a refletirem e criarem a partir das temáticas propostas. Para o ciclo 1 do fundamental será realizada uma atividade análoga ao concurso, porém sem a premiação para os trabalhos de destaque devido às particularidades desta fase do indivíduo. Ficará a cargo das escolas a aplicação e recolhimento dos cadernos dos concursos.

Contação de história e premiação dos concursos

Por meio de uma intervenção lúdica para toda a escola, a Contção de história visa trabalhar a temática de forma divertida e dinâmica para encerrar este ciclo educativo de prevenção em saúde. A intervenção conta com todo o equipamento necessário e pode ser apresentado em espaços abertos como pátio ou quadra. Após o teatro serão apresentados os trabalhos que receberão destaque e premiação.

Em todas as atividades serão distribuídos livretos para todos os alunos.

Estes livretos abordam a temática do projeto de forma lúdico-narrativa. Cada mês será distribuído um livreto diferente que reforça a temática do mês e auxilia o estudante a levar consigo o assunto trabalhado para além dos muros da escola, alcançando suas casas e famílias.

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Terceira Opção- INTERVENÇÃO MÍNIMA

Palestra para professores, funcionários e comunidade;

Serão oferecidas duas palestras (manhã e tarde) para capacitação e atualização sobre drogas lícitas (tabaco e álcool) como porta de entrada para as drogas ilícitas na adolescência e infância. As palestras serão ministradas pela equipe do ambulatório anti-tabágico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – USP.

  • Distribuição dos livretos do Dr Bartô, um a cada mês
  • A unidade do livreto avulso custará R$2,75 (Dois Reais e Setenta e Cinco Centavos), entregue em um local a escolher.

Porém, reiteramos que o motivo do projeto ser estruturado de forma contínua e não pontual é o de que nossa experiência nesta área mostra que somente em um projeto processual é possível possibilitar uma apropriação da temática de forma enraizada e consistente. Projetos pontuais não possibilitam uma apropriação da temática a longo prazo, não proporcionando a diminuição da entrada nas drogas durante a idade escolar.

Este projeto pode ser um dos diferenciais de sua escola

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Dá para se divertir sem excessos!

Problemas com Álcool, Tabaco ou Maconha?

Se você tem algum problema na família ou conhece alguém que tenha problemas com Álcool, Tabaco ou Maconha na adolescência, entre em contato com o projeto do Dr. Bartô.

Vamos trabalhar para acabar com esse problema que atinge um grande número dos nossos adolescentes.

Ligue para o Dr. Bartô no telefone (11) 3024-7490 e tenha todas as informações.

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Trabalhos Sociais que o Dr. Bartô auxiliará em 2016

permacultura-e-justica-social-no-nepal

Prezados amigos do Dr Bartô

Abrimos no site uma nova janela para os trabalhos sociais que o Dr Bartô auxiliará em 2016.

Vale apena dar uma boa olhada no projeto de permacultura e justiça social no Nepal que um dos nossos está desenvolvendo.
No artigo há dicas de como podemos ajudar este projeto de resgate de meninas do tráfico sexual na região, além de ajudar a população de risco local.

permacultura-e-justica-social-no-nepal
permacultura-e-justica-social-no-nepal

Abraços a todos.

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Perguntas mais frequentes sobre Alcoolismo e Tabagismo

1. Porque alguns conseguem e outros não conseguem parar de fumar?

Porque a dependência química da nicotina varia de intensidade. São fracosa dependentes da nicotina 20% da população, 30% tem dependência mais elevada, 30% superior a média, 15% muito forte e 5 % tem fortíssima dependência. Esta é uma das razões de que parar de fumar pode ser mais difícil para alguns.

2. Como posso saber se sou fraco ou forte dependente de nicotina?

De maneira rápida, quanto maior o tempo do acordar até o primeiro cigarro, maior a dependência química. Uma hora de espera sugere fraca dependência e acordar a noite para fumar sugere fortíssima dependência. O número de cigarros também nos indica a dependência dq nicotina: menos de vinte cigarros é igual a fraca dependência e mais de 30 ou 40 cigarros uma forte dependência.

3. Qual outra dependência existe?

Existe também a dependência comportamental. Você fuma há 20 anos e tem o hábito de faze-lo constantemente após o café, após sexo, após a cerveja. Isto também é difícil de se quebrar o hábito. Também pode estar relacionado com o lado psicológico, pois quantas vezes ouvimos que a pessoa ficou nervosa e voltou a fumar.

4. É verdade que quem fuma mais é o menos orientado?

Realmente, o analfabeto fuma mais do que quem cursou o nível primário, que fuma mais do quem fumou o nível secundário e que fuma mais do que o nível universitário. Estudantes de medicina estão fumando bem menos do que a média da população, mas ainda encontramos médicos que fumam e são grandes dependentes da nicotina.

5. Há algum outro fator que propicia problemas somado ao tabagismo?

Morre mais obeso fumante do que magro fumante, seguido de gordo não fumante , seguido por último de magro não fumante. Quem lembra do apresentador de televisão do programa X TUDO, obeso fumante de 40 cigarros por dia, que não se encontra mais entre nós. Excelente programa este, o X TUDO.

6. Por que nos Estados Unidos os fumantes doentes ganham ações milionárias contra as industrias tabaqueiras, e no Brasil não?

Por que a justiça americana sabe que as industrias já sabiam que a nicotina do tabaco era uma droga viciante, e insistiram na produção do cigarro. Sabem que o vício do tabaco é uma doença (dependência de nicotina – com código internacional das doenças = CID F 17.2). A justiça brasileira diz que você fuma por que quer, e ainda não considera o tabagismo uma doença de dependência de tabaco produzido por quem já sabia que a nicotina era o vilão da história.
Frases dos anais das industrias produtoras do tabaco na década de 50:
• “Nosso negócio é vender cigarro com nicotina, por que dá dependência.”
• “Nosso negócio é vender cada vez mais cigarro com nicotina forte, pois cigarros fortes causam mais dependência”
• “O sucesso comercial é maior quanto maior for a dependência da nicotina”

7. O Brasil produz tabaco, não produz?

O Brasil é um dos maiores produtores de tabaco, no Rio Grande do Sul, inclusive produzindo o tabaco Y1, com 3 vezes mais nicotina, exportado para 20 países. Este tabaco vicia mais do que os demais.

8. Ouvi dizer que há uma genética no ato de fumar. É verdade?

O que é verdade é que se seu pai ou mãe for forte dependente da nicotina, você , se fumar, poderá ter uma dependência semelhante. Não quer dizer que se seu pai fuma você tem tendência a ser fumante, mas sim se você começar a fumar, o nível de dependência será semelhante.

9. Existe realmente este papo de tabagismo passivo?

Tanto existe que acabei de publicar um trabalho sobre a dosagem de cotinina (derivado na nicotina) na urina de crianças de 0 a 5 anos de idade atendidas no pronto socorro do Hospital Universitário, e verificamos que 24% destas crianças tem cotinina na urina. São 50% os lares com adultos fumantes, e 24 % das crianças tinham tido contato íntimo com a fumaça do cigarro dos pais nas últimas 24 horas, antes de irem ao pronto socorro.
Esposas não fumantes de maridos fumantes tem 20% de chance a mais de infartar do que esposas não fumantes de maridos não fumantes. O mesmo ocorre a chance de terem câncer de pulmão.

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A Pediatria, a Propaganda do Álcool na mídia e o Dr. Bartô

São Paulo já é Ambiente Fechado Livre do Tabaco (AFLT) desde 2009 com diminuição das doenças relacionadas ao tabagismo passivo. Mesmo assim o Brasil tornou-se AFLT apenas em final de 2014. O Lobby da industria e o descaso de políticos e politiqueiros custou-nos 4 anos de atraso. Além da lei, o aumento do preço do tabaco, a proibição da propaganda, tratamento gratuito nos levaram a diminuição do consumo de cigarros em 50% e a sermos o quarto país no mundo em numero de ex-fumantes.

Em estudo patrocinado pela pró-reitoria de cultura e extensão da USP, comprovamos que o uso das drogas lícitas se iniciam aos 10 anos de idade, e no último ano do ensino médio 25% dos jovens estão fumando, 59% estão bebendo (álcool). 20% já usaram maconha e 5% já experimentaram o crack. Tudo é muito precoce e os 25% de jovens fumantes em escolas públicas no bairro do Butantã é um número bem superior ao de maiores de 18 anos fumantes (11 a 14%). Ou seja, há um risco de voltarmos para trás no quesito tabaco.

Na cracolândia, há dependência de drogas ilícitas (maconha e crack) e de drogas lícitas (o álcool ). Sempre considerei o tabagismo uma doença pediátrica, mas hoje digo que álcool, maconha e tabaco são doenças pediátricas. A Sociedade Brasileira de Pediatria vem se preocupando com estes temas e coloca claramente a necessidade do pediatra se envolver nesta luta da prevenção das drogas. Num consultório pediátrico não deveríamos ter coma alcoólico aos 14 anos de idade, na fatídica festa de 15 anos aonde sé autorizado bebida alcoólica pelos pais amigões. Estes são os piores. Também não deveríamos ter internações por surto psicótico desencadeados pelo uso da maconha.

Recentemente aprovou-se a retirada da propaganda do álcool da mídia até as 21 horas. Agora a propaganda de álcool só poderá ser realizada após as 21 horas e até as 23 h apenas em programas para maiores de 18 anos. Ouvimos pontos a favor e contra e é óbvio que a industria da bebida alcoólica está se movimentando nos bastidores para reverter esta lei benéfica para retardar o início do álcool em jovens até que ocorra a maturação cerebral, pois qualquer droga iniciada antes dos 21 anos pode causar maior dependência.

Quando o projeto de prevenção de drogas “Dr Bartô” vai as escolas e pergunta aos adolescentes qual é a droga menos traumática, eles respondem : maconha e álcool.
Será que a sociedade sabe que o que mais mata o jovem hoje são problemas de acidentes, grande parte relacionado a estas duas drogas?
Será que os jovens sabem que o álcool é responsável pelos maiores problemas sociais que temos como abandono escolar, gravidez indesejada, mulher espancada, criança vitimizada, acidentes automobilísticos e morte, afogamentos, desemprego, etc…?

Trabalhos neozelandeses demonstram que o abandono escolar e insucesso na faculdade estão presentes 7 ou 8 x mais em quem usa drogas. Enquanto diminuímos o tabagismo, “forças ocultas” lutam a favor da descriminalização da maconha e favor da não retirada da propaganda de álcool da TV em horário de crianças e menores de idade assistirem seus programas.

Do ponto de vista médico, a retirada da propaganda de álcool da TV é um fator importante para retardar o início do álcool na nossa juventude. Outros passos tem que ser discutidos para avançarmos na prevenção da bebida para menores de idade: aumento do preço da bebida alcoólica, proibir a venda em postos de gasolina, não mutilização em locais públicos, proibição de festas open-bar, etc…

Os pais também tem que se posicionar a este respeito, pois se o adolescente bebe em casa com os pais, ele beberá fora de casa e aí, com os amigos, a quantidade será outra.

Coloco-me totalmente favorável à retirada da propaganda de bebidas alcoólicas em horários de crianças e adolescentes assistirem a mídia, e a favor de programas de prevenção de drogas nas escolas. E relembro que cerveja é bebida alcoólica.

João Paulo Becker Lotufo     
Doutor em Pediatria pela USP
membro da Sociedade de Pediatria de São Paulo e Sociedade Brasileira de Pediatria
responsável pelo projeto Dr Bartô para prevenção de drogas no ensino fundamental e médio
responsável pelo ambulatório antitabágico do Hospital Universitário da USP

Eduardo Vaz
Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria

———————————————————————————————————————————————————————————————–Lotufo JPB. O conhecimento dos pediatras e pneumopediatras sobre tabagismo (carta ao editor). Pediatria (São Paulo) 2007;29(1):75-6.

Lotufo JPB. Tabagismo, uma doença pediátrica. In: Lotufo JPB. (Org.). Tabagismo, uma doença pediátrica. São Paulo: Editora Sarvier, 2007, p. 17-9.

Owen KP et al. Clin Rev Allergy Immunol. 2014 Feb;46(1):65-81. Marijuana: respiratory tract effects.

Epub 2013 Jul 12. Marijuana use and risk of lung cancer: a 40-year cohort

Lotufo JPB. Porque tornar o seu local de trabalho ou sua casa livre do cigarro.  In: Joao Paulo B Lotufo. (Org.). Tabagismo: uma doença pediátrica. São Paulo: Editora Sarvier, 2007,p. 31-5.

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A Pediatria, a Propaganda do Álcool na mídia e o Dr. Bartô

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São Paulo já é Ambiente Fechado Livre do Tabaco (AFLT) desde 2009 com diminuição das doenças relacionadas ao tabagismo passivo. Mesmo assim, o Brasil tornou-se AFLT apenas em final de 2014. O lobby da indústria e o descaso de políticos e politiqueiros custou-nos quatro anos de atraso. Além da lei, o aumento do preço do tabaco, a proibição da propaganda e o tratamento gratuito nos levaram à diminuição do consumo de cigarros em 50% e a sermos o quarto país no mundo em numero de ex-fumantes.

Em estudo patrocinado pela Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP comprovamos que o uso das drogas lícitas se iniciam aos 10 anos de idade e, no último ano do ensino médio, 25% dos jovens estão fumando, 59% estão bebendo (álcool), 20% já usaram maconha e 5% já experimentaram o crack. Tudo é muito precoce e os 25% de jovens fumantes em escolas públicas no bairro do Butantã é um número bem superior ao de maiores de 18 anos fumantes (11 a 14%). Ou seja, há um risco de voltarmos ao passado no quesito tabaco.

Na cracolândia, há dependência de drogas ilícitas (maconha e crack) e de drogas lícitas (o álcool). Sempre considerei o tabagismo uma doença pediátrica, mas hoje digo que álcool, maconha e tabaco são doenças pediátricas. A Sociedade Brasileira de Pediatria vem se preocupando com esses temas e coloca claramente a necessidade do pediatra se envolver nessa luta da prevenção das drogas. Num consultório pediátrico não deveríamos ter coma alcoólico aos 14 anos de idade, bem como na fatídica festa de 15 anos não deveria ser autorizada bebida alcoólica pelos pais amigões. Esses são os piores. Também não deveríamos ter internações por surto psicótico desencadeado pelo uso da maconha.

Recentemente, aprovou-se a retirada da propaganda do álcool da mídia até às 21 horas. Agora, a propaganda de álcool só poderá ser realizada após às 21 horas e até às 23 h apenas em programas para maiores de 18 anos. Ouvimos pontos a favor e contra e é óbvio que a indústria da bebida alcoólica está se movimentando nos bastidores para reverter essa lei benéfica para retardar o início do álcool em jovens até que ocorra a maturação cerebral, pois qualquer droga iniciada antes dos 21 anos pode causar maior dependência.

Quando o projeto de prevenção de drogas “Dr. Bartô” vai às escolas e pergunta aos adolescentes qual é a droga menos traumática, eles respondem: maconha e álcool. Será que a sociedade sabe que o que mais mata o jovem hoje são acidentes, grande parte relacionados a essas duas drogas? Será que os jovens sabem que o álcool é responsável pelos maiores problemas sociais que temos, como abandono escolar, gravidez indesejada, mulher espancada, criança vitimizada, acidentes automobilísticos e morte, afogamentos, desemprego etc…?

Trabalhos neozelandeses demonstram que o abandono escolar e o insucesso na faculdade estão presentes 7 ou 8 vezes mais em quem usa drogas.Enquanto diminuímos o tabagismo, “forças ocultas” lutam a favor da descriminalização da maconha e favor da não retirada da propaganda de álcool da TV em horário de crianças e menores de idade assistirem seus programas.

Do ponto de vista médico, a retirada da propaganda de álcool da TV é um fator importante para retardar o início do álcool na nossa juventude. Outros passos têm que ser discutidos para avançarmos na prevenção da bebida alcoólica para menores de idade: aumento do preço, proibição da venda em postos de gasolina, não utilização em locais públicos, proibição de festas open-bar, etc…

Os pais também têm que se posicionar a esse respeito, pois se o adolescente bebe em casa com os pais, ele beberá fora de casa e aí, com os amigos, a quantidade será outra.

Coloco-me totalmente favorável à retirada da propaganda de bebidas alcoólicas em horários de crianças e adolescentes assistirem a mídia, e a favor de programas de prevenção de drogas nas escolas. E relembro que cerveja é bebida alcoólica.

*João Paulo Becker Lotufo é doutor em Pediatria pela USP, membro da Sociedade de Pediatria de São Paulo e Sociedade Brasileira de Pediatria, responsável pelo projeto Dr. Bartô para prevenção de drogas no ensino fundamental e médio, responsável pelo ambulatório antitabágico do Hospital Universitário da USP.


Lotufo JPB. O conhecimento dos pediatras e pneumopediatras sobre tabagismo (carta ao editor). Pediatria (São Paulo) 2007;29(1):75-6.
Lotufo JPB. Tabagismo, uma doença pediátrica. In: Lotufo JPB. (Org.). Tabagismo, uma doença pediátrica. São Paulo: Editora Sarvier, 2007, p. 17-9.
Owen KP et al. Clin Rev Allergy Immunol. 2014 Feb;46(1):65-81. Marijuana: respiratory tract effects.
Epub 2013 Jul 12. Marijuana use and risk of lung cancer: a 40-year cohort

Lotufo JPB. Porque tornar o seu local de trabalho ou sua casa livre do cigarro.  In: Joao Paulo B Lotufo. (Org.). Tabagismo: uma doença pediátrica. São Paulo: Editora Sarvier, 2007,p. 31-5.