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Fórum de Tabagismo na Infância e na Adolescência

Dr João Paulo Lotufo participou do FÓRUM DE TABAGISMO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA em 28 de agosto de 2015 no INSTITUTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA MARTAGÃO GESTEIRA, no Rio de Janeiro. Apresentamos os trabalhos sobre Aconselhamento Breve sobre Drogas (tabaco, álcool e maconha) em consultório de Pediatria. Este evento foi apoiado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

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Experiência do Projeto Dr Bartô em sala de aula

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Estive em uma escola classe A de São Paulo conversando com 3 salas de aula ao mesmo tempo. Nunca faça isso, pois a turma pega fogo. Mas com experiência de 30 anos, resolvi envolver os adolescentes na pesquisa de suas famílias.

Perguntei aos 100 alunos quem tem ou teve avós que fumavam e 90% deles levantaram as mãos. Perguntei quem tinha pais que fumam ou fumavam e 40% ergueram as mãos. E finalmente quem tinha irmãos mais velhos que fumam e menos de 10% levantaram as mãos.

Perguntei se alguém tinha dúvida de que o cigarro fazia mal e todos concordaram. Então se eles sabiam porque seus avós fumavam e as respostas foram estas:

  • • Porque era chique fumar;
    • Porque era sexy fumar;
    • Porque era charmoso, tinha o glamour do cigarro;
    • Porque dava prazer;
    • Porque acalmava;
    • Porque socializava o pessoal;
    • Porque a maioria fumava;
    • Para fazer parte da turma;
    • Porque achavam que não viciava, Porque eles não conheciam os problemas de saúde causados pelo cigarro.

Perguntei então se sabiam porque o jovem de hoje fuma maconha, e eles nada disseram.

  • • Porque é chique fumar, é sexy;
  • • Porque é charmoso, tem glamour;
    • Porque dá prazer;
    • Porque acalma;
    • Porque socializa o pessoal;
    • Porque a maioria fuma;
    • Para fazer parte da turma;
    • Porque acham que não viciava;
    • Porque não conhecem os problemas de saúde causados pela maconha.

A maconha hoje tem para os jovens o mesmo glamour que os cigarros tinham para nossos avós na década de 50. Nem todos tiveram doenças tabaco relacionadas, mas muitos pagaram o preço de terem fumado, o preço da dependência e encurtaram suas vidas em média em 10 anos.

Muito se fala da maconha recreacional, da maconha medicinal, mas não se fala nada daqueles que já estão pagando o pato do uso desta droga que tem um LOB interessado na difusão do seu consumo.

A maconha vicia, destrói a memória, altera o aprendizado, é precursora de outras drogas, já é responsável por acidentes automobilísticos fatais, etc. Não são todos que terão estes problemas, mas muitos pagarão o pato destes problemas.

Na minha opinião, você ajudar a incentivar o uso da cannabis pode levar outros que terão maior chance de sofrer as consequências da droga. A experimentação da maconha está ocorrendo na mesma faixa etária da experimentação do tabaco e aos 17 anos 20% dos jovens já a experimentaram, contra 25% da experimentação do tabaco. Cada vez mais precoce. De cada 100 adultos que a utilizarem poucos terão problemas, mas os terão. Mas se a iniciação ocorrer na adolescência, muitos terão problemas e me vem ao pensamento o sofrimento das famílias que tem jovens esquizofrênicos aonde a droga deve ter antecipado ou acentuado seus sintomas.

A discussão destes assuntos nas famílias foi a principal causa de diminuição da experimentação de drogas entre os 3500 jovens de escolas públicas de São Paulo em projeto piloto de prevenção patrocinado pela pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP. Ou seja, pais, discutam o assunto em casa.

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Escolas atendidas pelo Projeto contra o Alcoolismo, Tabagismo e Maconha

Atividades do projeto Dr Bartô 2017

2º PRÊMIO MASTER DE PREVENÇÃO CERTIFICA DR JOÃO PAULO LOTUFO PELA SUA DESTACADA ATUAÇÃO EM ATOS E INICIATIVAS EM PROL DA PREVENÇÃO AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS, VALORIZANDO A QUALIDADE DE VIDA DAS NOVAS GERAÇÕES. 15/12/2017.

NOVAS ATIVIDADES: coluna sobre álcool e drogas na rádio USP toda terça as 10 h e no face book Dr Bartô as quartas ao meio dia.

“Este reconhecimento apenas nos incentiva a fazer cada vez mais. Dedico este prêmio a toda a equipe do Dr Bartô”.

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Dr João Paulo B. Lotufo participou do 17º Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia em São Paulo com o tema: Tabagismo Passivo e Ativo no Consultório do Pneumologista Pediátrico.

Dr. João Paulo Lotufo proferiu palestra para alunos e professores na EMEF Fernando Gracioso em Perus/SP no dia 30/10/2017 sobre: “Prevenção de Álcool e Drogas”

Dr João Paulo Lotufo participou do XIII Curso de Atualização em Pediatria realizado na Associação Médica de Londrina no Paraná no dia 28/10/2017, com a palestra:“Aconselhamento Breve sobre Álcool e Drogas na consulta Pediátrica”. Parabéns a AM Londrina pela capacidade de aglutinar os pediatras da região.

Dr João Paulo Lotufo participou no dia 17/10/17 da Festa de Ciências da Escola Francesa Lycee Pasteur em SP, onde proferiu palestra para alunos: “Perigos do Álcool, Tabaco e Maconha”

“Quando se pergunta aos jovens qual a droga que faz menos mal, a maioria responde: a maconha”.

Eles desconhecem o risco da dependência e sua possibilidade de antecipar ou desencadear a esquizofrenia e surto psicótico. Suas informações sobre o assunto vem da Internet e não de pesquisas com bases científicas.”

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Dr. João Paulo B. Lotufo participou  do 38º Congresso Brasileiro de Pediatria  realizado em Fortaleza (CEARÁ), no período de 10 a 14 de outubro de 2017.
Ministrou a Mini-Conferência: MACONHA, DESCRIMINALIZAR OU NÃO.
“Tive oportunidade de levar este assunto para 300 pediatras  que devem reverberar estas mensagens em seus locais de trabalho.”

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Dr João Paulo Lotufo ministrou palestra de Prevenção de Drogas no dia 29/09/17 na Igreja Evangélica “Bola de Neve”.
“Chamou-me a atenção o número de pessoas recuperadas a partir desta Igreja. Eles tem tudo para fazer um trabalho contínuo em Boissucanga, nos moldes do Dr Bartô.”

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Entrevista do Dr João Paulo Lotufo no programa “Falando Nisso”
da TV Band Vale em 13/09/2017 – Tema: Alcoolismo
Assista a entrevista clicando aqui

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“Pudemos verificar que o sofrimento das famílias com alcoólicos é extremamente dificultado pela falta de perspectiva de ajuda e acompanhamento.”
“Nosso dever é retardar a iniciação do álcool para depois dos 18 anos.
Tolerância zero para tabaco e maconha. Tolerância zero para álcool antes dos 18 anos”.

Dr João Paulo Lotufo participou do II Fórum de Tabagismo na Infância e na Adolescência no IPPMG – Universidade Federal do Rio de Janeiro com a palestra “Aconselhamento Breve: Tabaco, Maconha e Álcool” em 30/08/2017

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COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL SEM TABACO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP/SP – 29/08/2017


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Dr João Paulo B. Lotufo  no evento MEXA-SE! SAÚDE NA CABEÇA. ÁLCOOL E TABACO, ESQUEÇA! realizado no dia 26 de Agosto de 2017, na Sede da Sociedade Paranaense de Pediatria, em Curitiba.
Palestra “Experimentação e Dependência de Álcool/Tabaco na Infância e Adolescência- Caminho para as drogas ilícitas”

Projeto Dr Bartô em Blumenau – 18 e19 agosto 2017
Curso de pós-graduação sobre PREVENÇÃO DE ÁLCOOL E DROGAS na Faculdade Luterana de Teologia Cruz Azul excelente iniciativa e troca de experiências.

XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ASMA, VII CONGRESSOS BRASILEIROS DE DPOC E TABAGISMO – 02 a 05/08/2017 em Fortaleza/Ceará.

DR JOÃO PAULO BECKER LOTUFO PARTICIPOU APRESENTANDO 3 TRABALHOS DO GRUPO ANTITABAGICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP:

1.O ACOLHIMENTO DIFERENCIADO NUM GRUPO ANTITABAGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO

2.IDENTIFICAÇÃO DE GATILHOS NA RECAÍDA NUM GRUPO ANTITABÁGICO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

3.ANÁLISE DA CESSAÇÃO DO FUMO POR MEIO DE QUESTIONÁRIO, VIA TELEFONE, NO GRUPO ANTITABÁGICO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO Parabéns a equipe multiprofissional do grupo antitabágico do HU USP

XI-congresso-sobre-asma

II Curso de Aperfeiçoamento em Psicogeriatria do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP.
Dr João Paulo Becker Lotufo ministrou aula: Epidemiologia, diagnóstico e tratamento do tabagismo no dia 30/07/2017

II-curso-de-aperfeicoamento

Dr João Paulo Lotufo esteve no dia 14/07/17 na TV Band Vale, explicando o projeto de prevenção de drogas para o ensino fundamental I e II “Dr Bartô e os Doutores da Saúde”

entrevista-na-band-falando-nisso

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eventos em 2018

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Escolas atendidas pelo Projeto contra o Alcoolismo, Tabagismo e Maconha

O Dr. Bartô e os doutores da Saúde estão onde forem chamados.

Estão disponíveis para a encenação em uma escola, empresa, clube de lazer.
Podem ser o complemento da palestra ou servir de inicio ao projeto de prevenção ou tratamento para fumantes e usuários do álcool.

O projeto de prevenção de drogas no ensino fundamental e médio aumentou a discussão do assunto de drogas lícitas nas famílias em 60%.

Também houve 30% de abandono do cigarro e 29% de abandono do álcool em alguém da família.

2015

2014

Colégio Mackenzie
Colégio Johann Gauss
Escola Estadual Esmeralda Becker Freire de CarvalhoEscola Estadual Professor Ary Bonzan

2013

Escola de Aplicação da USP
E.E. Alberto Torres
Escola Estadual José Liberatti
EMEF Gal. Alvaro Silva Braga
EMEF Luiz Eduardo Matarazzo
EMEF Teofilo Benedito Ottoni
Escola Estadual Esmeralda Becker Freire de Carvalho
Escola Municipal Deputado João Hornos Filho
Associação Cristã dos Moços (ACM)

2010

ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo)

Escola Pedro Lellis
Estrada Flor de Lis nº 92 – Jd Luciana II – Franco da Rocha
Teatro para 420 alunos

Escola Deputado João Homos Filho
Rua Capanema nº 75, Carapicuíba
15/06 – Teatro para 400 alunos

Escola Antônio Pinto Campos
Avenida Cândido Machado nº 1000, Jordanézia, Cajamar
Telefone: 4447-1198, Coordenadora Sra. Islã e Diretora Sra Ercilia

26/04 – Palestra para 20 professores
30/04 – Teatro para 600 alunos de 5ª a 8ª série.

Caieiras
07/05 – Palestra para médicos.

Escola Municipal Luis Zovaro
Avenida Cecilia S/Nº – Jd Tereza, Caieiras
Telefone: 4605-2805, Maria Fabiana (Diretora da escola).

13/04 – Palestra para 20 professores
16/04 – Teatro para 280 alunos

Colégio Albert Sabin
Avenida Darci Reis 1901, Butantã
Telefone: 3712-0713, Ramal 239 – Professora Áurea

27/04 – Teatro (faixa etária está entre 13-14 anos). 150 alunos do 9º ano.
28/04 – Teatro (faixa etária está entre 15-18). 390 alunos do 1º, 2º e 3º anos.
27/05 – Palestra para professores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio – 60 professores.

2008 e 2009

Colégio Johann Gauss
Colégio Augusto Laranja
Colégio Visconde de Porto Seguro
Colégio Marista Arquidiocesano
Escola Montessori Santa Terezinha
Colégio Albert Sabin
Colégio Ângelo Mendes
Creche Bolha de Sabão
Colégio Estadual Ayres de Moura
Projeto Missionário Vila Capriotti
Teatros da Livraria Cultura nos shoppings de São Paulo

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eventos em 2016

eVENTOS EM 2017

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EQUAÇÃO SAÚDE – SEMANA DE CONFRATERNIZAÇÃO DA FMVZ

Organização: Superintendência Médica da USP Hospital Universitário da USP e FMVZ

Segunda dia 14/9/2015 – 12 h – Exposição de cartazes do programa de Prevenção de drogas no Ensino Fundamental, patrocinado pela pró-reitoria de cultura e extensão da USP


Terça dia 15/09/2015 – 12 h – Peça teatral: Ghandi com João Signorelli (Guandi, a ética inspiradora). Nascido em 1955, João é formado em jornalismo e trabalha como ator a mais de 25 anos. Já participou de dezenas de novelas e minisséries, peças de teatro e filmes. É também apresentador, entrevistador, locutor e mestre de cerimônias. Nesta última função já trabalhou com James Hunter (O Monge e o Executivo) por todo Brasil e com Dalai Lama em sua última vinda ao país. Atualmente João interpreta Gandhi no monólogo Gandhi, a Ética Inspiradora, que há 11 anos vem se apresentando por todo país em empresas, teatros, instituições de ensino, clínicas, eventos, seminários, entre muitos outros.

Quarta dia 16/09/2015 – 12 h –“Álcool, até onde podemos ir?” Dr Montezuma Pimenta Ferreira – Psiquiatria HC/SP

Quinta – dia 17/09/2015 – 12 h – Stress e Qualidade de vida com Dra. Edinalva Cruz do HU USP.Psicóloga, psicanalista; Especialista em tabagismo; Funcionária do Hospital Universitário da USP.

Sexta – dia 18/09/2015 – 12 h –Cigarro Eletrônico e Narguilé, o que precisamos saber!  Médica Assistente do Grupo de Cessação do Tabagismo da Divisão de Pneumologia do InCor HCFMUSP Especialista em Dependência Química pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) Certificação e Líder em Controle Global do Tabagismo pela Johns Hopkins Bloomberg Scholl of Public Health Membro da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira.

Após palestra na sexta feira Festa no FMVZ com estação Saúde, estação Bem Estar, futebol e show de música (Banda No Smoke Forever) as 18h.

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A discussão recente sobre o cigarro eletrônico é sua utilização para parar de fumar ou reduzir os danos do cigarro na sua forma atual

Opinião do Dr Alberto Araújo, Diretor do Núcleo de Estudo e Tratamento do Tabagismo da UFRJ, sobre o Cigarro Eletrônico.

“Antes de tudo, é preciso explicar como são produzidos os e-cigarettes. O cigarro eletrônico fabricado na China é composto por um tubo metálico que contém um recipiente de nicotina líquida e outras substâncias não identificadas, comercializadas em cartuchos recarregáveis.Quanto ao seu efeito no organismo, Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Contra o Tabaco da OMS afirma que ainda não existem provas de que ele seja mesmo seguro e ajude os fumantes a abandonar o vício. Pelo pouco que conhecemos, é possível presumir que este e-cigarro seja muito nocivo para quem quer parar de fumar e para quem quer continuar fumando.

Imaginem o impacto de uma invenção como essa: as pessoas se sentirão à vontade para fumar livremente em ambientes fechados; pois não produz fumaça. Professores e alunos poderão fumar em salas de aula; médicos poderão fumar em seus consultórios e pacientes nos hospitais; crianças fumarão escondido sem serem notadas. Isso faria com que todos os esforços para regulamentar os ambientes livres de tabaco fossem descartados a partir da disseminação de uma crença de que eles não causarão mal a terceiros.

O cigarro eletrônico além da nicotina, ao que tudo indica, contém 50 substâncias cujo teor, quantidade e composição ainda são desconhecidos. Assim, ele também causa e mantém a dependência, por simular exatamente o ritual e as associações comportamentais que o cigarro convencional condiciona.

Além disso, as substâncias químicas que permitem que a nicotina seja liberada podem causar danos parecidos com aqueles já produzidos pelo cigarro convencional ou até outros problemas de saúde.

As substâncias psicoativas do cigarro, da qual a nicotina é a maior expressão, estimulam uma determinada área do cérebro localizada na Área Tegumentar Ventral, conhecida como nucleus accumbens a liberarem uma grande quantidade de neurotransmissores, dos quais a dopamina se destaca. Estas ações fazem parte de um grande sistema denominado “Sistema de Recompensa Cerebral” que todos os indivíduos têm desenvolvido.

No caso dos fumantes, estes neurotransmissores geram durante um determinado período, em torno de 40 minutos, uma sensação de prazer, de alívio e satisfação, ao mesmo tempo aumentam a concentração, o metabolismo corporal e excitam o indivíduo.

No campo da Saúde e Meio ambiente, adota-se cada vez mais como princípio norteador na introdução de novas tecnologias, o denominado “princípio da precaução”, ou seja, a sociedade deve discutir, informar-se e antecipar-se a medir os potenciais riscos de qualquer produto para consumo humano, adotando-se este princípio, este e-cigarette deveria ser proibido. O maior perigo está em não se saber quais substâncias químicas misturadas à nicotina liquida são encontradas no cartucho.

Ainda que o e-cigarro só tivesse a nicotina sem a adição de outras substâncias danosas, valeria a pena usá-lo, sabendo que essa é uma das mais potentes drogas psicoativas? É verdade que ela pode ser usada para ajudar o fumante a se tratar do tabagismo, mas são métodos já bastante testados e seguros para a maioria dos pacientes, refiro-me no caso aos adesivos, gomas e outras formas de administração que ainda não existem no Brasil, como os inaladores, spray nasal e pastilhas.

No caso do e-cigarette é bem possível que a pessoa não resolva mais parar de fumar e só troque o veículo de liberação da nicotina (o cigarro convencional pelo eletrônico), com o risco de ingerir inúmeras e desconhecidas substâncias químicas que serão liberadas em sua circulação. É um risco que as pessoas não devem correr. É como trocar seis por meia dúzia, na prática continuará fumante e não há nenhuma garantia de que este método venha ajudar a pessoa no futuro a parar de fumar, tampouco de não ter câncer de pulmão e em outros órgãos.

A prevenção é a principal arma contra o tabagismo, mas para aqueles que já se tornaram dependentes, o melhor caminho é procurar por um dos 70 centros de tratamento cariocas. Basta ligar para o Teles saúde: 2273-0846 e informar-se sobre os locais mais próximos de sua residência ou de trabalho. Quer deixar de fumar? Faça uma tentativa séria com profissionais competentes e preparados para ajudá-lo nesta tarefa. Proprietários das marcas de cigarro eletrônico ou convencional só querem o seu dinheiro e acabam lhe tirando a beleza, a intensidade e a duração da vida. Pense nisso, para ter mais qualidade no viver. E-cigarette com certeza não é a solução.


Veja no site www.drbarto.com.br o livreto sobre Narguilé e Cigarro Eletrônico para formar sua opinião.
Caso queira um livreto destes, ligue 11 30247490 e fale com a Tânia sobre custo e postagem. Ela poderá lhe enviar este livreto pelo correio.

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Dr. Bartô’s animated cartoon

Dr. Bartô's Animated Cartoon that addresses aspects that helps of drug abuse prevention in childhood and youth.
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Descriminalização ou Legalização da Maconha: Sim ou Não?

O mundo tem vários tons de cinza

Esta discussão de legalizar ou não a maconha está ocupando espaço no dia a dia. Quando Dr Fergusson veio ao Brasil apresentar suas pesquisas sobre a maconha realizadas na Nova Zelândia, um dos médicos que estava no Congresso sobre Maconha da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas) em Búzios perguntou a ele:

– O Senhor é a favor ou contra a descriminalização da maconha?

Dr Fergusson deu uma “enrolada” e não respondeu esta questão diretamente.
O médico ficou muito bravo e agitado com a não resposta do palestrante e inquiriu-o com tom ríspido:

– O Senhor é a favor ou contra a descriminalização da maconha?  Eu quero uma resposta: SIM ou NÃO?

A resposta do Dr Fergusson foi a seguinte:

– Meu filho, o mundo não é nem branco e nem preto, o mundo tem vários tons de cinza.

O que Dr Fergusson  quis dizer com isso foi que a discussão da maconha não pode ficar simplesmente entre legalizar ou não. Há várias outras possibilidades a respeito como multas e penas menores para o consumo, autocultivo em quantidades pequenas como no Uruguai, procedimentos administrativos como em Portugal, tolerância de uso em lugares privados como na Holanda, etc…

Polarizar em descriminalizar ou não é muito prejudicial à discussão do assunto.

Analisando do ponto de vista da saúde, a preocupação das Sociedades Pediátricas neste assunto é que se perca o medo da droga e aumente-se o seu consumo entre os adolescentes. Isto já vem acontecendo. O número de jovens que experimentam a maconha até os dezessete anos está muito perto dos que experimentam o cigarro (20 e 25% respectivamente – dados do HU USP).

Do ponto de vista jurídico ou até policial, parece que este setor se beneficiaria com a descriminalização, pois as penitenciárias como estão seriam escolas para os leves traficantes. Na Holanda, com a tolerância ao uso de maconha e sua política antidrogas abriu vagas em penitenciárias que hoje estão sendo reformadas em transformadas em abrigos para os estrangeiros que estão chegando dos paises em guerra, o grande problema social dos dias de hoje. Em Portugal também houve diminuição de prisões, mas se discutiu muito sobre o momento econômico desfavorável da Europa ter influído na época na diminuição do consumo.

Sete estados americanos já estão com a droga legalizada para uso recreativo e metade dos EUA para uso medicinal. Na última eleição para presidente vários estados optaram por dar estes passos em relação à descriminalização da maconha. Esta tem sido a tendência.

Precisa-se entender que o uso medicinal vem de uma substância chamada Canabidiol que é extraída da planta. Esta substância parece diminuir convulsões que não melhoram com medicações habituais. Mas já conheço vários casos que a utilizaram e não funcionou. Por isso é que os estudos nesta área estão aumentando. A morfina é utilizada de forma segura nos hospitais e ela vem da heroína. Mas ninguém usa a heroína a nível medicinal, apenas a morfina. Talvez daqui há 15 anos, após os resultados dos estudos acadêmicos, estejamos usando o Canabidiol em diversas situações. Vamos aguardar as pesquisas.

A guerra da legalização parece ser mais de grupos interessados comercialmente neste assunto. Não há muito interesse no uso recreativo, mas sim no uso quase que diário, pois a maconha causa dependência. Nos estados de Washington e Colorado que foram os primeiros a liberarem a maconha, 20% da população é responsável por 76% do consumo,  principalmente pela parcela mais pobre da população que chega a gastar até 25% do seu salário com compra de drogas.  Um de cada 6 consumidores consome 25% por cento ou mais de seu salário em drogas, como o que ocorre com o tabaco e o álcool. ´[E a população mais pobre que fuma ou bebe mais, e será ela que usará mais a maconha.

Estes dados foram apresentados no Congresso de Prevenção de Drogas Freemind em Campinas 2016  em uma apresentação dada por Jeffrey Zinsmeister, pertencente ao Drug Politic Institute e do Departamento de Psiquiatria do College of Medicine:

– Nos estados de Washington e Colorado há mais pontos de venda de maconha do que MacDonalds ou Starbucks.

– Legalizar aumenta o consumo, pois nestes dois estados analisados o consumo aumentou mais do que a média dos EUA. A mesma tendência ocorreu entre a faixa etária dos 12 aos 17 anos, aonde o uso precoce antes da maturação do cérebro causa maior dependência.

– Os acidentes fatais depois da venda livre de maconha duplicou no estado de Washington. Um em cada 5 acidentes fatais no Colorado tinha dosagem positiva para maconha.

– As intoxicações exógenas por maconha aumentou em geral, mas também na faixa etária dos 0 aos 5 anos. Isto preocupa os pediatras, pois as crianças estão ingerindo acidentalmente a maconha, já encontrada em balas, doces, refrigerantes, etc…

Diante destes dados, esta questão “legalizar ou não” deve ser mais discutida. Parece que setores da sociedade poderiam se beneficiar, mas do ponto de vista de saúde não.

Deve se fazer uma grande campanha de prevenção e orientação dos riscos do uso da maconha entre as crianças e adolescentes, pois provavelmente daqui há 20 anos estaremos fazendo campanhas para retirar a maconha de ambientes fechados, das ruas, e dos menores de idade já que 20% ficarão dependentes e 1 % terão surto psicótico ou esquizofrenia.

As Sociedades pediátricas desenvolvem o aconselhamento breve sobre álcool e drogas para retardar a experimentação e uso das drogas. Nos EUA esta discussão passou a entrar nas discussões políticas, mas a preocupação começa a ser evidente.
Quando me perguntam em palestras ou aulas sobre “Aconselhamento Breve sobre Drogas” em escolas ou condomínios, eu sempre respondo que não sei qual a melhor solução. Mas afirmo com todas as forças que a prevenção e orientação sobre o risco do uso de drogas deve ser iniciado já. Não importa a mim pediatra se vão ou não descriminalizar  ou legalizar as drogas. Importa é difundir a prevenção será benéfica de um jeito ou de outro.

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Cresce o número de pessoas que dirigem após consumir álcool, diz Ministério da Saúde O Estado de S. Paulo

Depois de um breve período de queda, a associação entre álcool e direção voltou a aumentar no País. Pesquisa feita por telefone pelo Ministério da Saúde em capitais brasileiras mostra que 12,9% dos homens e 2,5% das mulheres admitem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. Em 2013, um ano depois da criação da Lei Seca, os índices entre o público masculino haviam caído para 9,4% e das mulheres, para 1,6%. “É preciso verificar se a tendência de aumento se confirma. Mas talvez o número possa indicar a necessidade de maior monitoramento da lei”, afirmou a coordenadora geral de alimentação e nutrição Michele Lessa. 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, observou que o brasileiro está bebendo mais. Um estudo do sistema de vigilância do ministério, Vigitel, revela que, ano passado, duas em cada 10 pessoas entrevistadas admitiram a ingestão excessiva de bebida alcoólica. Para mulheres, isso significa o consumo de quatro doses ou mais de bebidas por vez. No caso de homens, o excesso é caracterizado pelo consumo de 5 doses ou mais. Em 2006, o consumo excessivo era indicado por 15,7% dos entrevistados. 

O aumento ocorre em ambos os sexos. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, no entanto, chamou a atenção para a expansão do problema entre mulheres. Em 2006, 7,8% referiam consumo abusivo de bebida alcoólica. Esse porcentual agora é de 12,1%. “É um aumento de 50%. Não é desprezível. Mostra que as mulheres estão mais na cervejinha”, disse Barros. Entre o público masculino, o consumo abusivo passou de 25% para 27,3%.  

Barros afirmou ser necessário reforçar as campanhas de prevenção contra o que ele define como “vícios tolerados pela sociedade.” “A gente precisa insistir nisso. A campanha contra o tabagismo foi muito eficiente ao longo do tempo, se reduziu muito o número de fumantes. A de álcool não”, comparou. 

Como fazê-lo? O projeto Dr Bartô para ensino fundamental e médio aumentou a discussão do assunto em casa em 3500 famílias. Esta discussão diminui em mais de 60% a iniciação de drogas, tanto tabaco, álcool, maconha e crack.
Prezado ministro: quem pode fazer frente a indústria da bebida é vossa excelência. O que está esperando para iniciar campanhas de prevenção de drogas e fazer frente a retirada da propaganda do álcool na mídia?
Estes são os passos iniciais necessários para diminuir a experimentação de álcool e drogas entre os jovens.

Clique aqui e veja mais em prevenção de álcool e drogas no ensino fundamental e médio.

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Estudo alarmante aponta que consumo de álcool começa aos 10 anos no Brasil

Médicos advertem que uso de drogas entre os jovens no país é um dos mais vulneráveis

O 37º Congresso Brasileiro de Pediatria divulga hoje uma informação alarmante: crianças e adolescentes no Brasil estão entre os mais vulneráveis à iniciação ao tabaco, maconha, álcool e crack. O consumo de álcool, por exemplo, começa aos 10 anos, ainda na infância. Um dos itens comemorados entre os médicos é o assunto ter sido colocado em pauta em um evento de saúde. Para eles, é o primeiro passo para a prevenção.

O tema será abordado pelo pneumologista pediátrico João Paulo Becker Lotufo. Seu estudo considerou 6.500 alunos do ensinos Médio e Fundamental de dez colégios no bairro do Butantã, em São Paulo. Segundo ele, na turma de adolescentes do último ano do Ensino Médio, cerca de 25% fuma, 59% inicia a ingestão de álcool, 20% experimenta a maconha e 5% tem contato com o crack.

A intenção é ampliar a discussão sobre o assunto dentro das casas, entre pais e filhos, para prevenir futuros envolvimentos. O projeto foi realizado com entrevistas de cerca de dois a quatro minutos em média com os jovens. O médico distribuiu livretos de acordo com a faixa etária do aluno, com conselhos breves. Para Valdi Craveiro Bezerra, pediatra da Associação Brasileira de Pediatria, é importante falar sobre a prevenção das drogas ainda na infância. Isto porque o meio que o jovem vive influência na escolha de experimentar ou não.

Ele explica que há uma vulnerabilidade relacionada à herança dos genes dos pais com sensibilidade para certos transtornos mentais. O meio em que o indivíduo está inserido é essencial na prevenção e no tratamento. Há jovens que podem ser mais propícios ao consumo por causa da vida que leva, das influências, da falta de diálogo em casa. Isso pode ser prevenido com esclarecimentos na família e na escola.

Jornal O Dia – Rio de Janeiro.